Francisco, o Papa
Francisco de Assis, um ícone do Cristianismo, um homem que fez voto de pobreza, andava de pés descalços e não levava nada consigo além das próprias vestes e uma fé inabalável, a confiança no Deus invisível que tornou-se palpável diante de seus atos. Francisco, o Papa, não poderia ter escolhido melhor o seu patrono.
Francisco, o Papa, mesmo querendo, nesses tempos modernos em que o marketing suplanta a miséria e as necessidades humanas, não conseguirá transparecer pelas vestes ou mesmo pelos adereços, mudando apenas o metal, a miserabilidade real de Francisco de Assis.
Certa vez, Francisco de Assis foi a Roma para solicitar ao Papa Inocêncio III a aprovação do estatuto de vida dos Franciscanos, regras de pobreza total. Os Bispos católicos, trajando roupas de seda e tecidos brilhantes e pomposos não aceitavam aquele voto tão chocante, afinal, ninguém poderia viver na pobreza total. Inocêncio III havia tido um sonho, onde a coluna principal do templo Papal ruía e um homem andrajoso entrava no lugar dessa coluna e sustentava as estruturas do prédio. Reconheceu em Francisco de Assis esse homem do sonho.
O Papa Inocêncio III não só aprovou as regras solicitadas por Francisco de Assis, como beijou-lhe os pés descalços e imundos, surpreendendo à todos com seu gesto de humildade e reconhecimento da presença de Deus naquele homem.
Ser um seguidor de Francisco de Assis não é muito fácil, mas é desejável que tenhamos nesse momento do mundo, um homem como Francisco, o Papa, para resgatar os ensinamentos do grande exemplo chamado Francisco de Assis. Devemos orar e pedir a Deus, nosso Pai, que inspire Francisco, o Papa, que ele tenha forças para acabar com a pompa do Vaticano. A austeridade seja a regra para uma simplicidade que trará paz e será um exemplo de que é possível fazer mudanças não só na igreja, mas em toda a humanidade pomposa, esbanjadora e consumidora voraz dos recursos naturais em detrimento dos bilhões de Franciscos miseraveis e sem acesso a nada.
Deus abençoe Francisco, o Papa.