CRÔNICA DESCOMPROMETIDA


Gosto de sair com meu filho. Nenhum passeio me é tão divertido quanto os que com ele programo ou, por outra evidência, ele o motiva. Gabriel é muito esperto; tento conduzi-lo, mas ele se desprende de mim e até quer tomar decisões. Tenho que ser atento a essa liberdade vigiada; por minha responsabilidade e para segurança dele. As vezes que o levei ao Parque da Cidade, circulamos toda a área para que ele percebesse a vastidão do verde, os frondosos pés de eucaliptos e outras árvores, as quadras de esporte, ciclovia e pista de pedestre repletas de gente a andar ao sol. A piscina de ondas está desativada; mas o pavilhão ainda é o local onde feiras – como a Export Tchê – acontecem. Gabriel curte mesmo os brinquedos numa espécie de Disneylândia em miniatura. Ele e outras crianças se esbaldam enquanto os pais puxam papo, se conhecem e fazem amizades.

Algumas vezes levo meu filho ao Zoológico. E me divirto tanto quanto ele, vendo aqueles bichos: macacos, leões, elefantes, girafas (até o bicho preguiça), além de outros animais e pássaros, naquele local arborizado, bonito, bem cuidado e muito frequentado nos fins de semana. Gabriel ri, fala alguma coisa para os bichos, joga pipoca para eles, e a gente tira fotos. É um a festa.

Nada, porém, mais atraente do que o Parkshopping. Imenso, belo e luxuoso, é lá que as crianças de hoje encontram o mundo. A área de brinquedos eletrônicos (Divertilândia) fica repleta. Um barulho irritante, mas as crianças adoram. E os pais, pacientemente, esperam. Eu fico pensando que não faz muito tempo eu era um adolescente circulando por ali, jogando naquelas máquinas. E me sinto uma criança com meu filho, ao mesmo tempo em que cuido dele, limpo a boquinha dele melada de sorvete, e lá no banheiro o ajudo a fazer xixi, lavar as mãos. Dou risadas do que ele fala e me surpreende. Entro na loja FINAC, na SONY, e ele fica encantado com aquele mundo de novidades eletrônicas. Quando estamos só nós dois, andamos bastante. Mas na companhia de Márcia, temos que nos conter. Ela está grávida e se cansa naquela imensidão de espaços. Ficamos numa das praças de alimentação. Gosto também dos restaurantes, mas o que não dispenso é uma das belas e aconchegantes cafeterias. A gente faz compra, lancha, conversa, se diverte, namora, curte o Gabriel, e eu olho para aquela barriga da Márcia a esperar o próximo.

É muito bom tudo isso. E, de sobra, ainda fica esta crônica assim leve, assim livre e descomprometida, como o divertido passeio.
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LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 15/03/2013
Reeditado em 15/03/2013
Código do texto: T4190375
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