UM HERMANO ARGENTINO
Diga-se então: da cabeça de juiz e de reunião em conclave, tudo se pode esperar.
Finalmente “habemus Papam”; mas este pronunciamento trouxe a impactante revelação do inesperado. O Sumo Pontífice é latino, o que já desfaz uma corrente européia secular, e busca nova aliança em novo continente onde o Brasil reúne o maior número de católicos; mas é a Argentina a pátria do eleito, o que, a princípio, desapontou ansiosas expectativas.
Lição para a mídia sensacionalista e especulativa, lição para muitos católicos que nela confiaram e não na própria fé apoiada na “ação do Espírito Santo”. O conclave surpreendeu a todos, sim. O Cardeal Jorge Mario Bergoglio é argentino; mas o Papa Francisco não tem pátria. Tem nos cristãos a universal Nação.
Até a decisão do conclave e durante os dias que o antecederam, mantive-me numa silenciosa expectativa acerca da eleição papal, embora me incomodassem as especulações da mídia. Envergonhou-me um grupo de brasileiros ao levantar bandeiras como se fosse uma boca de urna eleitoral, dessas que vemos por aqui. Eles proclamavam “o Papa é brasileiro!” Que bando de incautos, assim como parte da imprensa que foi à cidade onde moram os familiares de Dom Odilo, para aguçar mais ainda o clima de expectativa e de torcida.
Não consegui imaginar um Papa brasileiro. Mas se isso tivesse acontecido é claro que eu ficaria duplamente feliz. O inesperado trouxe a grata surpresa pela escolha de um hermano argentino. A meu ver, este é o primeiro sinal de “renovação”, palavra que me causa confusão quanto às pretensões papais e as do povo.
Espero que Francisco, e nem outro Papa, cedam às pressões do mundo, abrindo mão do que é imutável no Evangelho. Renovar a igreja é preciso, sim. Adequá-la convenientemente a interesses oportunistas, não. Seria desvirtuar-lhe a essência, e igreja cristã já não seria. Não é o Evangelho que tem de curvar-se ao homem, mas o homem ao Evangelho converter-se.
Tomara que o Papa Francisco consiga conduzir o seu imenso rebanho, franciscanamente fazendo-nos retomar os caminhos verdadeiramente cristãos.
______
Marcha da Igreja>
http://www.youtube.com/watch?v=fa5nt_UhHj4
Ave Maria - Andrea Bocelli
http://www.youtube.com/watch?v=pwp1CH5R-w4
Nota>
Entendi e agradeci - via CONTATO - o comentário de Salete, cuja íntegra da resposta não publiquei, querendo poupá-la de possíveis distorções de pensamento. Conversamos educadamente sobre nossos coincidentes pontos de vista.
Diga-se então: da cabeça de juiz e de reunião em conclave, tudo se pode esperar.
Finalmente “habemus Papam”; mas este pronunciamento trouxe a impactante revelação do inesperado. O Sumo Pontífice é latino, o que já desfaz uma corrente européia secular, e busca nova aliança em novo continente onde o Brasil reúne o maior número de católicos; mas é a Argentina a pátria do eleito, o que, a princípio, desapontou ansiosas expectativas.
Lição para a mídia sensacionalista e especulativa, lição para muitos católicos que nela confiaram e não na própria fé apoiada na “ação do Espírito Santo”. O conclave surpreendeu a todos, sim. O Cardeal Jorge Mario Bergoglio é argentino; mas o Papa Francisco não tem pátria. Tem nos cristãos a universal Nação.
Até a decisão do conclave e durante os dias que o antecederam, mantive-me numa silenciosa expectativa acerca da eleição papal, embora me incomodassem as especulações da mídia. Envergonhou-me um grupo de brasileiros ao levantar bandeiras como se fosse uma boca de urna eleitoral, dessas que vemos por aqui. Eles proclamavam “o Papa é brasileiro!” Que bando de incautos, assim como parte da imprensa que foi à cidade onde moram os familiares de Dom Odilo, para aguçar mais ainda o clima de expectativa e de torcida.
Não consegui imaginar um Papa brasileiro. Mas se isso tivesse acontecido é claro que eu ficaria duplamente feliz. O inesperado trouxe a grata surpresa pela escolha de um hermano argentino. A meu ver, este é o primeiro sinal de “renovação”, palavra que me causa confusão quanto às pretensões papais e as do povo.
Espero que Francisco, e nem outro Papa, cedam às pressões do mundo, abrindo mão do que é imutável no Evangelho. Renovar a igreja é preciso, sim. Adequá-la convenientemente a interesses oportunistas, não. Seria desvirtuar-lhe a essência, e igreja cristã já não seria. Não é o Evangelho que tem de curvar-se ao homem, mas o homem ao Evangelho converter-se.
Tomara que o Papa Francisco consiga conduzir o seu imenso rebanho, franciscanamente fazendo-nos retomar os caminhos verdadeiramente cristãos.
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Marcha da Igreja>
http://www.youtube.com/watch?v=fa5nt_UhHj4
Ave Maria - Andrea Bocelli
http://www.youtube.com/watch?v=pwp1CH5R-w4
Nota>
Entendi e agradeci - via CONTATO - o comentário de Salete, cuja íntegra da resposta não publiquei, querendo poupá-la de possíveis distorções de pensamento. Conversamos educadamente sobre nossos coincidentes pontos de vista.