ESCOLHA PAPAL.NOVO MARCO.
Os jesuítas nunca formaram nos altos planos da Cúria, ao revés, foram sempre críticos de certa forma das disposições do alto comando do clero do Vaticano, dos conhecidos dicastérios. Isso a tal ponto que o Maior Prelado dos Jesuítas é conhecido como Papa Negro, em razão do hábito negro. Os Jesuítas são pastores, missionários, conhecidos por atingirem espaços onde ninguém chega.
Um dos primeiros Papas sem vínculos formais antecedentes com a Cúria Romana.
Tudo demonstra uma escolha surpreendente, distante da política da Cúria Romana, das disputas de poder como existentes nos séculos XII e XIII, que estariam reprisadas, como indicam historiadores.
É o primeiro Papa da América Latina, bolsão sempre recusado a ser recepcionado no alto clero romano, com aceitação de uns tempos para cá, agora maior em razão do esvaziamento católico na Europa.
Se apresenta na sacada Papal sem a enorme Cruz de Ouro que usam cardeais e o Papa, portando na sua simplicidade uma simples Cruz, e com vestes sem bordados.
Escolha de quem não postulava o Papado, em nenhum sentido, embora cogitado como Homem de Deus em plenitude, e segundo mais votado como agora noticiado, fato que transpirou, até então “intra muros”, quando da eleição de Ratzinger, rogando no encaminhamento dos escrutínios que sufragavam seu nome que não queria sobre seus ombros tal peso de responsabilidade.
E por fim quem sentiu e viu a reação de uma pessoa em sua simplicidade extrema, ainda que Cardeal acostumado às multidões, estremecer, se comover em silêncio por segundos longos, diante da massa de fieis na famosa, significativa e grandiosa Praça de São Pedro, para por fim dizer BOA NOITE.