PERDÃO!
Já diz o adágio popular; perdão foi feito pra gente pedir!
E se não fosse o perdão?
E se alguém se negasse a conceder o perdão?
E se Jesus, crucificado, não tivesse proferido a mais nobre evocação, ao perdoar seus algozes, dizendo: " "perdoai-os, Senhor, porque eles não sabem o que fazem?"
Perdão foi feito pra gente pedir!
E, seguindo essa norma popular e celestial, quantas vezes a gente perdoou?
Rogo a Deus que me propicie, até a minha morte, a suprema ventura de saber perdoar.
A lição que nos foi dada pelo santo Papa João Paulo II, ao reencontrar o homem que disparou contra ele, quase matando-o, e, olho no olho, desculpá-lo, dar-lhe plena absolvição pelo atentado, é uma incontestável prova da grandiosa alma que o animava..
Não se trata, aqui, de voltar a face para outra bofetada!
Muito pelo contrário, a mensagem que nos foi deixada exprime, com suprema maestria., a falibilidade do ser humano.
Quantas e quantas iniquidades, que para nós, num determinado momento, pareciam de extrema significância, mas que perderam inteiramente o conteúdo, após análise friamente ponderada?
Erramos todos os dias, conscientemente ou não, propositadamente ou não, mas questiona-se, sempre, a razão que nos levou ao erro.
Erramos convictamente, erramos por amor, erramos por piedade, erramos para evitar um mal maior...e assim vai!
Errar por amor, para mim, encerra toda a filosofia que cerca este nosso tema.
No infinito amor que devotamos a alguém, qualquer pequeno senão desvia a razão e assume dimensão extrema; é algo que não queremos admitir e, como reação, certamente poderemos incorrer em erro, e vamos ferir,sem querer, quem não merecia, nem deveria ser atingido.
Erramos, sim, mas se for por amor, seremos sempre dignos de perdão!
(não deixe de ler o colega Nobre Lobo)