NA FLOR DA IDADE.

Na flor da idade.

Quantas vezes já ouvimos falar da flor da idade. Mas e qual seria a real idade da flor. Ou então, qual seria a flor da idade. E como seria essa flor da idade, ou a idade dessa flor. Às vezes criamos definições para situações ou fases da vida, que depois não sabemos explicar. Tentamos milhares de vezes. De milhões de maneiras. Mas jamais convencemos.

Muito se diz de que uma pessoa está na flor da idade quanto completa ou goza da vida em determinado numero de anos vividos. Mas não seria também definir qual seria essa flor de exemplo para a idade? A orgulhosa orquídea, a amante rosa, a faceira margarida, a exuberante tulipa, a radiante girassol, ou qual delas entre as outras tantas milhares que brincam nos jardins?

Na verdade, todas elas podem até inspirar a flor da idade. Mas, o seu tempo de vida também serve para contar o tempo da flor da idade? Ainda bem que não.

Seria bom que sempre pensássemos que apesar de importante, o melhor não foi o tempo em que já se viveu, mas o que ainda se vai viver. E com a vantagem de que nem vamos pensar no prazo de validade dessa flor da idade. Porque podemos nos dar o direito de abrir mais tarde pela manhã e fechar mais tarde ainda no fugir do sol.

Será sempre uma maneira de fugir da liberdade, deixar que determinem quando e como, devemos abrir nossas pétalas. Sempre haverá alguém para criticar nossa pressa ou desprezar nossa preguiça. Olhos atentos sempre cuidarão de nossas manhãs, esquecendo suas próprias. Quem sabe até com inveja por terem escolhido errada a sua flor da idade.

Pensando bem, se formos espertos e com sede de viver e ter felicidade nossa, vamos escolher aquela que quase não é vista no canto do jardim.

Para nossa flor da idade, que saibamos escolher a Sempre Viva.

Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante. Esta crônica está em mais de noventa jornais impressos e eletrônicos no Brasil e exterior. Contatos, ajrs010@gmail.com – Conheçam também nosso blog, arteviver1.blogspot.com