O sebo
Tem um sebo perto de casa.
Coisa incrível, nunca pensei que fosse vingar. Começou trocando materiais escolares, livros didáticos, romances de banca de jornais, revistas velhas e um ou dois livros que me interessavam. Contra todos os vaticínios o espaço cresceu. Agora além de livros "usados" tem os novos, cds, dvds, cd-rom, disco de vinil, e uma papelaria também.
Como assídua frequentadora, percebi que sempre tem bons livros quando a situação financeira do país aperta...entre o pão e o livro...
Hoje, tinham pilhas e pilhas de livros ainda não catalogados no chão e no balcão.
O espaço é esteticamente bem feínho, uma bagunça para dizer a verdade, porém é um lugar que acalma o meu espírito inquieto. Gosto de ficar fuçando entre as estantes, sempre saio com algum livro e um quase torcicolo porque eles tem um método muito peculiar de armazenagem.
Não adianta perguntar ao rapazinho que trabalha lá, ele só indica as estantes.
Estava com esperança que tivessem algo de poesia inglesa, sem ser Shakespeare, me indicaram a estante da poesia nacional (!?!), muitos Bilacs, Casemiro de Abreu , Lusíadas(?) e até achei um Alberto Caieiro bem bonitinho. Perguntei então por autores estrangeiros...lá fui eu parar em outro corredor.
Na letra M achei tanto o Gabriel Garcia Marquez como o Mário vargas Llosa juntos com a Stephanie Meyer ...(nada de poesia inglesa)
Sempre sinto uma pontinha de arrependimento quando vejo essa estante, eles tinham um "Guerra no fim do mundo" meio velhinho e eu não comprei. Gostaria de ter lido para ver a visão de Vargas Llosa sobre a guerra de Canudos, mas talvez eu precise reler "Os Sertões", foi lido em uma época errada, quem sabe agora eu goste?
Por enquanto, saí toda contente com um Alberto, o Gabriel e o Mário...
"Criando uma admirável tensão entre o cômico e o trágico, M.V.Llosa joga com a realidade e a ficção para contar uma história em que o amor se mostra indefinível, senhor de mil faces, como a menina má do título. Paixão e distância, acaso e destino, dor e prazer..."
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