Desvio...

Sempre pulei de galho em galho, namoros, amizades, opiniôes. Verdade seja dita, a genética fez parte dessa lógica animal ao qual me insiro, advinda de um lar instável e propensa a fugas. Considero um desvio seríssimo e sujeito a inumeros contratempos no decorrer da vida.

Imegine você se numa dessas saídas de ultima hora resolvo abortar, considerando que a prática é crimo no territorio nacional e desta grade, garanto, não poderei escapar. Entretanto, qualquer tipo de apadrinhamento me causa calafrios e desejos colossais de arrumar as malas e ganhar o mundo.

Amizades mal resolvidas fazem parte do rol, quem nunca mandou um amigo para aquele lugar delicado e obscuro? No caso em questão lhe mando para lá e ainda recolho-me a quilometros de distância do ser afim de cortar relaçôes e não sentir lágrimas rolarem.

Ultimamente a unica realidade, de certa forma, imutável, ao qual me incluo converge aos meus preceitos de vida e as opiniôes da cartilha. Mas é sóser confundida com cego em tiroteio para sair correndo em busca da identidade perdidad em outras épocas.

Previamente peço desculpas sinceras a qualquer ser imaculado que largar pelo caminho, acredite! Não é nada pessoal. Mas é que a rotina dos gestos, as mesmas falaçÕes e as atitudes previsiveis tomam um gosto insoso de beijo enamorado e periódico, talvez seja pessoal mesmo.

Iluminados sejam os seres que , devotos de Nossa Senhora da Paciência, constituem família, estacionam o carro no mesmo lugar todos os dias, criam um jardim, dão bom dia para o mesmo vizinho e observam pela mesma varanda. A passividade embebida nesses atos é abençoada, mas uma realidade monótona. Ainda vou procurar saber quela desvio burguês que me incluo, se sou um caso de medo torrencial de relacionamentos e paisagens repetidas ou se sou apenas descontente com a grade programativa da Rede Globo.

Andrea Mota
Enviado por Andrea Mota em 19/03/2007
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