BATA A PORTA
A brutalidade acompanha o ser humano desde a sua criação. Sabe-se lá se a metáfora da maçã não tenha poetizado o instinto animalesco de Adão que, sexualmente “seduzido” por Eva, nela cometera o primeiro estupro.
Animal o homem, manifesta-se brutal. Caim e Abel deixaram o exemplo. Daí por que brutamontes se generalizam ao longo da história, que foi denominando essas brutalidades conforme os métodos e circunstâncias na evolução dos tempos e a sofisticação da perversidade. Perversidade é palavra antiga, inadequada à moderna crueldade. O mundo globalizado a considera imprópria, “politicamente incorreta”. Prefere o eufemismo violência que, real ou virtualmente, resume tudo a uma só coisa, embora com faces distintas. Assim, a violência quebra a teoria da ocupação do espaço, e consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Corre no trânsito, sobe os edifícios, anda pelas ruas, dobra esquina, entra nos bares, boates, domina a cidade, chega ao campo. Dispõe do horário nobre na TV, das primeiras páginas nos jornais, tem favoritismo nas redes sociais, é causa e consequência das drogas, alia-se à caracterização do roubo, é aterrorizante assessora dos crimes sexuais.
A violência age visível e invisivelmente em diferentes situações, meios, agentes e vítimas. Muitas vezes se faz mais brutal quando sutilmente transparece num disfarçado gesto, na conotação de uma “palavra dura em voz mansa” ou numa fina, falsa e cinicamente infame ilação. Aí tem-se a manifestação perversa, ou melhor, violenta, da palavra por parte do delituoso que com ela se arma.
Brutalidade humana! Que coexistência paradoxalmente exposta nesta antítese!
“Poetas, seresteiros, namorados, correi! É chegada a hora” de nos protegermos dos sequestros relâmpagos, do tráfico de pessoas, mas também das letras cortantes, das palavras perdidas de que somos alvos.
Atenção! Não existe segurança sem precaução. E embora a ordem pública desaconselhe reagir à violência, a segurança nos faz a seguinte observação: antes que a violência invada a sua casa, bata a porta na cara dela.
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LUNIK 9
http://www.youtube.com/watch?v=YISlAM-J0HE
A brutalidade acompanha o ser humano desde a sua criação. Sabe-se lá se a metáfora da maçã não tenha poetizado o instinto animalesco de Adão que, sexualmente “seduzido” por Eva, nela cometera o primeiro estupro.
Animal o homem, manifesta-se brutal. Caim e Abel deixaram o exemplo. Daí por que brutamontes se generalizam ao longo da história, que foi denominando essas brutalidades conforme os métodos e circunstâncias na evolução dos tempos e a sofisticação da perversidade. Perversidade é palavra antiga, inadequada à moderna crueldade. O mundo globalizado a considera imprópria, “politicamente incorreta”. Prefere o eufemismo violência que, real ou virtualmente, resume tudo a uma só coisa, embora com faces distintas. Assim, a violência quebra a teoria da ocupação do espaço, e consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Corre no trânsito, sobe os edifícios, anda pelas ruas, dobra esquina, entra nos bares, boates, domina a cidade, chega ao campo. Dispõe do horário nobre na TV, das primeiras páginas nos jornais, tem favoritismo nas redes sociais, é causa e consequência das drogas, alia-se à caracterização do roubo, é aterrorizante assessora dos crimes sexuais.
A violência age visível e invisivelmente em diferentes situações, meios, agentes e vítimas. Muitas vezes se faz mais brutal quando sutilmente transparece num disfarçado gesto, na conotação de uma “palavra dura em voz mansa” ou numa fina, falsa e cinicamente infame ilação. Aí tem-se a manifestação perversa, ou melhor, violenta, da palavra por parte do delituoso que com ela se arma.
Brutalidade humana! Que coexistência paradoxalmente exposta nesta antítese!
“Poetas, seresteiros, namorados, correi! É chegada a hora” de nos protegermos dos sequestros relâmpagos, do tráfico de pessoas, mas também das letras cortantes, das palavras perdidas de que somos alvos.
Atenção! Não existe segurança sem precaução. E embora a ordem pública desaconselhe reagir à violência, a segurança nos faz a seguinte observação: antes que a violência invada a sua casa, bata a porta na cara dela.
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LUNIK 9
http://www.youtube.com/watch?v=YISlAM-J0HE