O Ocaso da vida
omo são divergentes os ocasos...Como podemos visualizá-los?
A natureza nos é pródiga. O nosso astro rei o Sol, resplandece a cada
ocaso. Suas résteas coloridas, como que pinceladas glamurosas do
pintor adorna o horizonte, tornando-as multicores.
E O OCASO DA VIDA?
Como será? Quando estará entre nós?
Já não possuímos o róseo nas maçãs do rosto; nossa pele antes alva,
lisa, vai formando pregas, que revelam impiedosamente, os tempos
longínquos da nossa infância, adolescência e juventude. Nos olhos
com aquele brilho cintilante, pouco a pouco vai se ofuscando, quase nos
impedindo de vermos o prateado da lua e a beleza transluzente das
estrelas.
Torna-se difícil caminhar. Nossos passos parecem prolongar o
caminho da ida, e se não tivermos uma mão estendida para nos
amparar somos forçados a ficar no meio do caminho: reclamando
ajuda. É o ocaso da vida, com muitas saudades, lembranças e a
alegria compartilhada com vitórias, temores, ilusões...
E O OCASO DO AMOR?
Este jamais deverá perecer. Nasce conosco, vem aderido ao nosso ser
e por mais longa, sinuosa e temerosa que seja a estrada da vida,
estaremos alimentando-o passo a passo, minuto a minuto, fazendo-o
crescer e solidificar-se.
Nossos cabelos tornaram-se brancos, mas nos seus fios de prata,
existe ainda a magia da vida, da ternura, da confiança. Nossas
mãos já se tornaram trêmulas, mas ainda nos resta aquele gesto
de afago, de carinho e de agradecimento A DEUS.
OCASO DA ESPERANÇA
Esta deverá ser sempre nossa companheira inseparável.
Ilumina nosso caminho, norteia nossos passos, equilibra nossa mente
e que jamais nos abandone, para que possamos continuar a viver,
sonhar e caminhar para o OCASO DA VIDA, com firmeza, galhardia
revivendo todos os momentos como se hoje, estivéssemos nascendo.