Mal Humor? Egoismo? Você convive com pessoas difíceis de entender o que você fala? Aprenda aqui a lidar com elas!
As pessoas que você convive são difíceis de entender o que se fala?
Você fala uma coisa e elas entendem outra?
Ouvem somente o que estão pensando que você vai dizer?
Muitos ouvem o que querem ouvir, não o que o outro está tentando dizer.
OUVIR é essencial, saber ouvir uma necessidade cada vez maior neste mundo onde todos querem ser ouvidos!
Há um ditado popular que diz termos dois ouvidos, e somente uma boca, pois devemos ouvir duas vezes mais do que falamos...
Mas saber ouvir envolve a humildade, a humildade de captar o que a outra pessoa está dizendo para nós!
E há que se ter humildade para poder entrar no universo do interlocutor, sem preconceitos, e absorver as suas palavras, recheadas dos seus sentimentos únicos, da sua vivência ímpar.
Fala-se tanto em diálogo, em problemas de comunicação, como se dialogar fosse apenas falar o que se pensa para o outro.
Entretanto, para que haja um contato autêntico e produtivo dentro de uma relação, falar o que se pensa e acha não é suficiente.
É ter o respeito em se procurar entender o pensar de quem está a se expressar.
O silêncio inerente ao ouvir é sábio, nestes momentos.
E o ouvir nasce do silêncio. É preciso quietude, introspecção, é preciso esvaziar a mente, para deixar entrar o que vem do outro.
É não responder pelo outro.
Ouvir é não discutir internamente o que está sendo falado. Ouvir é situar-se no lugar de quem está a falar.
É ter certeza que ouviu o que o outro tá falando, e não o que você pensa que ele vai falar.
Quem gosta de cortar o que o outro tá falando, tem a pretensão de ser adivinho.
E quem é adivinho, acha que sabe tudo.
Por isso, Saber ouvir é um ato de humildade.
Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia.
Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa.
Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem a si mesmas.
Elas precisam "não ouvir" porque "não ouvindo" livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem, e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora.
Não é, pois, um sólido mecanismo de defesa.
Ouvir é um grande desafio. Desafia de abertura interior; de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza, ouvir é raridade. Ouvir é ato de sabedoria.
Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo a propósito de falar.
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