CONDENAR-ME EI
Em palavras, fúteis e inúteis palavras repetidas ao acaso tosco de momentos de debilidade do ser incompleto que sou. Em primeira pessoa, mas com a inversão singela dos verbos, decifrar-me ei em poucas e negras linhas. Libertar-me ei de correntes insossas, libertar-me ei de amarras fracas, afundar-me ei em mentiras insólitas, procurar-me ei nas verdades literárias. Ao fundo do poço afogar-me ei sem perdão pelos pecados que não cometi. Sucumbir-me ei a tua vontade sentimento inescrupuloso que mantém por laços tênues escravizados homens e mulheres insanos. Condenar-me ei por escrever-te, mas escrever-te ei sentimento AMOR.
(Lucimar Simon)