CONDENAR-ME EI

Em palavras, fúteis e inúteis palavras repetidas ao acaso tosco de momentos de debilidade do ser incompleto que sou. Em primeira pessoa, mas com a inversão singela dos verbos, decifrar-me ei em poucas e negras linhas. Libertar-me ei de correntes insossas, libertar-me ei de amarras fracas, afundar-me ei em mentiras insólitas, procurar-me ei nas verdades literárias. Ao fundo do poço afogar-me ei sem perdão pelos pecados que não cometi. Sucumbir-me ei a tua vontade sentimento inescrupuloso que mantém por laços tênues escravizados homens e mulheres insanos. Condenar-me ei por escrever-te, mas escrever-te ei sentimento AMOR.

(Lucimar Simon)

Lucimar Simon
Enviado por Lucimar Simon em 09/03/2013
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T4180236
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