SABER DIZER...!
Numa crônica que escrevi há alguns dias, contei a história do Rei Luiz XIV, da França, tendo como foco, você saber dizer certas coisas, para que o diálogo tenha um final feliz. Ou, que quem disse, não se torne inconveniente. É o caso, por exemplo, de você encontrando um amigo, ao invés de falar “como você está gordo”, dizer “já lhe vi mais magro”. É bem mais agradável!
Também, por volta do carnaval deste ano, redigi um texto, discorrendo sobre os “velhos carnavais”. Citei antigas músicas, bem como me referi a alguns blocos, ou bandas aqui de Santo André, que comemoram os festejos de Momo, saindo pelas ruas da cidade.
Meu amigo Ademir Médici, brilhante jornalista do Diário do Grande ABC, que escreve a coluna MEMÓRIA no jornal, sempre me prestigiando, colocou a crônica em sua página, em duas partes, dois dias seguidos.
No texto, abordei o bloco CONCENTRA MAIS NÃO SAI, cujo nome acho extremamente criativo e inteligente, que se apresenta em determinado dia, antes do carnaval. E a BANDA BAXARIA (sic), que sai aos sábados na semana anterior aos festejos.
Tudo bem, quem leu a crônica e me encontrou, se manifestou positivamente, dizendo ter gostado da mesma.
Esta semana, como sempre estamos em contato, o Ademir me informou ter encontrado em sua mesa, uma carta relativa ao assunto, transcrevendo-a para meu conhecimento. O missivista, em rápidas palavras, definiu a crônica como “gostosa”, todavia “eivada de erros”. Primeiro, porque, conforme o nome diz, o bloco CONCENTRA MAS NÃO SAI não saiu, como afirmei.
Ora, o bloco pode não desfilar, mas, ficou dentro de onde? Fica parado defronte ao bar onde se concentra, portanto, sai! Está na rua!
Segundo, quanto a BANDA BAXARIA, me enganei ao indicar o dia em que ela desfilava.
Indagado se tinha interesse em responder, entendi não ser o caso. Não havia motivo tão importante para tanto. O missivista poderia ter sido um pouco polido, dizendo haver alguns “enganos” no texto, não “eivado de erros”.
Mas não valia a pena esticar o assunto!