Apresentação
A narrativa abaixo mostra a origem do nome Aguinhas e explica donde nasceram as Histórias de Aguinhas.
Como Minas, Aguinhas são muitas
Essa idéia estereotipada de uma só Minas
conservadora não prevalece — há várias Minas.
Se assim não fosse, nosso Estado não
estaria no plural — Minas Gerais.
(AUTRAN DOURADO)
A narrativa abaixo mostra a origem do nome Aguinhas e explica donde nasceram as Histórias de Aguinhas.
Como Minas, Aguinhas são muitas
Essa idéia estereotipada de uma só Minas
conservadora não prevalece — há várias Minas.
Se assim não fosse, nosso Estado não
estaria no plural — Minas Gerais.
(AUTRAN DOURADO)
Afinal, quantas Aguinhas há?
Há uma Aguinhas original, mítica e fabulosa, perdida numa Província do Reino Dorminhoco, lá nas Terras-de-trás-os-ocos-do-mundo, invenção de meu avô, lugar onde situava os causos e histórias que contava. Esse nome — Aguinhas — ele buscara no modo de falar dos caboclos da roça, quando se referiam às fontes de águas minerais da cidade de Lambari, em Minas Gerais. Os tabaréus, para dizer que iam à cidade, pronunciavam:
“—Vamos às’água!” — E isso queria dizer: “Vamos às fontes das águas minerais!”
Com o tempo, a pronúncia foi se alterando: às’águas... z’águas... z’aguinhas, ou seja: Vamos à z’aguinhas, que ele transformou em Aguinhas, no diminutivo, para conformar com as histórias que contava às crianças e ser o palco em que desfilavam personagens fantásticos de um universo infantil próprio e extraordinário que criou para os seus netos.
É nessa Aguinhas primitiva que se dão as histórias e causos que foram recriados e (re)contados na série Isso só acontece em Aguinhas!,
Dessa terra lendária se originaram as outras Aguinhas.
Uma delas é a Aguinhas da memória onde se passam estas narrativas de Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem. Uma cidade pequena e provinciana e ao mesmo tempo grandiosa e cosmopolita vista pelos olhos de um menino antigo que conta vantagens e feitos admiráveis.
Nessa mesma Aguinhas se desenrolam histórias da juventude e da madureza que formam a série Recordações de Aguinhas.
A outra é uma Aguinhas fantástica, uma intendência situada ao Sul da Província das Minas, famosa por sua riqueza mineral — ouro, pedras preciosas, minérios, águas termais, lamas medicinais, águas minerais. Trata-se de uma cidade imaginária e divertida, que é o universo do folhetim Os Fifosenses: estórias, paródias, causos e outros acontecimentos de que são principais personagens os fifosenses, oriundos do Fifó Apagado – o povo mais intrigueiro, politiqueiro e fofoqueiro do mundo!
É nessa Aguinhas inventada que se passam todas as histórias da série Aguinhas é o mundo, uai!
Como se vê, como Minas, Aguinhas são muitas, do mesmo modo que é vária a língua dos Gerais e a das Minas e, igualmente, é diverso o modo de falar dos minenses e dos geralistas. Ou, por outra, como já foi dito: É Minas falando das Geraes.
(*) Figura de abertura: ilustração bordada por Teresa Salles Krauss (Tal) para a cena do conto A pescaria, do livro abaixo.
Veja também:
(*) Esse texto faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas), assina a coletânea HISTÓRIAS DE AGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
Há uma Aguinhas original, mítica e fabulosa, perdida numa Província do Reino Dorminhoco, lá nas Terras-de-trás-os-ocos-do-mundo, invenção de meu avô, lugar onde situava os causos e histórias que contava. Esse nome — Aguinhas — ele buscara no modo de falar dos caboclos da roça, quando se referiam às fontes de águas minerais da cidade de Lambari, em Minas Gerais. Os tabaréus, para dizer que iam à cidade, pronunciavam:
“—Vamos às’água!” — E isso queria dizer: “Vamos às fontes das águas minerais!”
Com o tempo, a pronúncia foi se alterando: às’águas... z’águas... z’aguinhas, ou seja: Vamos à z’aguinhas, que ele transformou em Aguinhas, no diminutivo, para conformar com as histórias que contava às crianças e ser o palco em que desfilavam personagens fantásticos de um universo infantil próprio e extraordinário que criou para os seus netos.
É nessa Aguinhas primitiva que se dão as histórias e causos que foram recriados e (re)contados na série Isso só acontece em Aguinhas!,
Dessa terra lendária se originaram as outras Aguinhas.
Uma delas é a Aguinhas da memória onde se passam estas narrativas de Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem. Uma cidade pequena e provinciana e ao mesmo tempo grandiosa e cosmopolita vista pelos olhos de um menino antigo que conta vantagens e feitos admiráveis.
Nessa mesma Aguinhas se desenrolam histórias da juventude e da madureza que formam a série Recordações de Aguinhas.
A outra é uma Aguinhas fantástica, uma intendência situada ao Sul da Província das Minas, famosa por sua riqueza mineral — ouro, pedras preciosas, minérios, águas termais, lamas medicinais, águas minerais. Trata-se de uma cidade imaginária e divertida, que é o universo do folhetim Os Fifosenses: estórias, paródias, causos e outros acontecimentos de que são principais personagens os fifosenses, oriundos do Fifó Apagado – o povo mais intrigueiro, politiqueiro e fofoqueiro do mundo!
É nessa Aguinhas inventada que se passam todas as histórias da série Aguinhas é o mundo, uai!
Como se vê, como Minas, Aguinhas são muitas, do mesmo modo que é vária a língua dos Gerais e a das Minas e, igualmente, é diverso o modo de falar dos minenses e dos geralistas. Ou, por outra, como já foi dito: É Minas falando das Geraes.
(*) Figura de abertura: ilustração bordada por Teresa Salles Krauss (Tal) para a cena do conto A pescaria, do livro abaixo.
Veja também:
(*) Esse texto faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas), assina a coletânea HISTÓRIAS DE AGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.