Uma cidadezinha ao pé da serra
Ele me faz repousar em pastos verdejantes.
Leva-me para junto das águas de descanso.
(SALMOS, cap. 23, v. 2)
A cidadezinha de Águas Virtuosas é vista como a mais bonita da região das estâncias hidrominerais do Sul de Minas. Situada no centro de um vale suntuoso, em forma de concha, é resguardada ao norte das fortes correntes de ar pela imponente e majestosa Serra das Águas, que se alteia a mais de mil e duzentos metros. Ao sopé da montanha, através do rio Mumbuca, que nessa serra tem sua cabeceira, águas cristalinas serpeiam e rolam ligeiras, borbulhando nas pequenas quedas e nos trechos mais sinuosos.
No centro da várzea em que manam as águas avigorantes, um casario modesto mas bem ordenado se distribui por ruas e avenidas largas e bem traçadas, que revelam adequado planejamento urbano. Ao derredor, como a emoldurar o vale, erguem-se colinas e montes.
Uma longa encosta, denominada Sertãozinho, abriga em seu topo o cruzeiro; um outeiro mais sóbrio, a matriz de Nossa Senhora da Saúde. Ao sul avista-se o pico do Morro do Selado, a sudoeste a Serra de Santa Catarina, a nordeste as montanhas de Conceição do Rio Verde, próxima da qual se cortou o Caminho Velho da Estrada Real. Nuanças de verde pintam esse belo quadro montanhês: verdivivo nos morros mais próximos e tons verde-azulados que aos poucos se acinzentam nos montes mais ao fundo. De qualquer dos pontos elevados mais próximos, pode-se mirar obras do engenheiro Américo Werneck – o prédio do cassino, o lago, o farol, a cascata, o parque novo –, que acentuaram à cidadezinha o seu ar de estância europeia e a prepararam para vir a ser um grande centro de turismo. E assim também se avista a linha férrea, que corre ao entorno, e liga a aprazível vila aos principais centros urbanos do país.
A esse sítio montanhoso tão extraordinário, permanentemente exposto ao sol, a Natureza dotou ainda de vária vegetação e de clima suave, bem dosado entre o quente e o frio, no qual se goza de ar puríssimo e de atmosfera vivificante. São essas fontes de águas medicamentosas e o cenário encantador, tão nutritivos ao espírito quanto ao corpo, que atraem milhares de turistas nas estações de veraneio à busca de repouso, tranquilidade e saúde.
No centro da várzea em que manam as águas avigorantes, um casario modesto mas bem ordenado se distribui por ruas e avenidas largas e bem traçadas, que revelam adequado planejamento urbano. Ao derredor, como a emoldurar o vale, erguem-se colinas e montes.
Uma longa encosta, denominada Sertãozinho, abriga em seu topo o cruzeiro; um outeiro mais sóbrio, a matriz de Nossa Senhora da Saúde. Ao sul avista-se o pico do Morro do Selado, a sudoeste a Serra de Santa Catarina, a nordeste as montanhas de Conceição do Rio Verde, próxima da qual se cortou o Caminho Velho da Estrada Real. Nuanças de verde pintam esse belo quadro montanhês: verdivivo nos morros mais próximos e tons verde-azulados que aos poucos se acinzentam nos montes mais ao fundo. De qualquer dos pontos elevados mais próximos, pode-se mirar obras do engenheiro Américo Werneck – o prédio do cassino, o lago, o farol, a cascata, o parque novo –, que acentuaram à cidadezinha o seu ar de estância europeia e a prepararam para vir a ser um grande centro de turismo. E assim também se avista a linha férrea, que corre ao entorno, e liga a aprazível vila aos principais centros urbanos do país.
A esse sítio montanhoso tão extraordinário, permanentemente exposto ao sol, a Natureza dotou ainda de vária vegetação e de clima suave, bem dosado entre o quente e o frio, no qual se goza de ar puríssimo e de atmosfera vivificante. São essas fontes de águas medicamentosas e o cenário encantador, tão nutritivos ao espírito quanto ao corpo, que atraem milhares de turistas nas estações de veraneio à busca de repouso, tranquilidade e saúde.
(*) Se quiser, conclua a leitura do texto acima neste link: http://unafiscoassociacao.org.br/sarauvirtual/?p=289
(**) Esse texto descreve a Aguinhas dos anos 1930 e faz parte do Capítulo 1 - Uma cidadezinha ao pé da serra, do livro ABIGAIL [Mediunidade e redenção], de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas), assina a coletânea HISTÓRIAS DE AGUINHAS. Veja o tópico Livros à venda.