"O QUE NÃO MATA, ENGORDA"
A primeira vez que ouvi a expressão “O que não mata engorda” foi quando era criança. Havia deixado um biscoito cair no chão; aí um colega de escola disse: “Come! O que não mata engorda.” Achei a frase convincente e comi o biscoito que caiu no chão.
Num outro momento, na escola, havia deixado cair no chão um pedaço de chocolate; imediatamente me lembrei da frase “O que não mata engorda” e, por impulso, apanhei o pedaço de chocolate e comi. Depois de outras tantas vezes deixar algum alimento cair no chão, comecei a questionar: Será que o que não mata engorda mesmo? Questionei isso depois de aprender que no chão havia micróbios e vermes. Estes fazem mal à saúde. A partir daí não comia mais nada que deixasse cair no chão.
Na adolescência, já próximo a maioridade, passava um perrengue danado. Não tinha emprego, não tinha grana, não tinha namorada, não tinha ânimo para nada! Eram muitos na mesma situação. Até que um dia, depois de mais um perrengue na fila do desemprego, um colega de fila me disse: “O que não me mata me fortalece”. Havia gostado demais da frase; perguntei de quem era e ele me disse que era de um tal Nietzsche.
Já havia ouvido falar nesse tal de Nietzsche, mas somente essa frase me fez gostar dele. Cada sufoco que passava, eu dizia a mim mesmo:“O que não me mata me fortalece”. Isso realmente funcionava! Sentia-me cada vez mais forte diante da derrota. Essa força que adquiria, criava mais expectativa no sucesso. O sucesso estava próximo, pois já havia tido muito fracasso que me fortalecera.
Daí comecei a pensar nos meus fracassos. O que os fracassos fizeram com o meu presente? Será que hoje sou realmente forte? A conclusão foi que os fracassos eram resultados das minhas expectativas. E isso faz muito mal, mas muito mal mesmo! Hoje, não espero retorno de mais nada. Faço a minha parte sem esperar nada em troca.
Autor: Diego Magalhães
"Expectativa, muitas vezes, gera frustração".
(Eduardo Marinho)
Blog de Eduardo Marinho: Observareabsorver.blogspot.com.br