A morte de Chorão
(texto em resposta a um post que condenava o Cantor chorão e o taxava como filho do diabo. Os nomes foram trocados para evitar exposição)
Não posso deixar de falar, haja vista a tenacidade com que meus caros colegas discutem. Não divulgaram ainda a causa da morte do cantor, mas tudo indica que foi regada a bebidas, uma droga lícita no Brasil. Em se tratando de 'vício', infelizmente o mundo artístico está recheado de maus exemplos na área. Poderíamos fazer uma longa lista, mas citarmos Elvis e Amy Winehouse já se faz claro o que poderíamos dizer. O cantor de "love me tender" e até mesmo temas de adoração foi vítima, tanto de drogas lícitas, quanto drogas ilícitas. Hoje o Brasil engatinha nesse assunto. Enquanto a bebida não matou milhares de pessoas, não se fez leis que, pelo menos, nos protegem no trânsito. Calmantes, remédios para depressão e tantos outros continuam matando e dopando pessoas por toda nossa nação. Se formos falar de maconha, ou cannabis, inegavelmente posso afirmar, sem sombra alguma de dúvida, de que o assunto é tratado displicentemente e de maneira preconceituosa pela mídia, que só passa o que lhe interessa. Temos uma "droga" que, em muitos países, é usada com fins medicinais. Enquanto que, uns a tem como 'iniciação' às outras drogas, ignoramos que o álcool é vendido livremente em qualquer esquina e coabita ao lado do suco na casa de "família". Entenda-se como quiser, como apologia ou como condescendente com o uso, mas convenhamos que temos uma das leis mais burras que se pode ver em qualquer país. O adolescente pode 'portar' um pouco de maconha, sem ser considerado 'crime', mas não pode comprar de ninguém ou plantar. Pode ter, mas não pode comprar. isso, para mim, é incentivo à contravenção e tráfico, onde muita gente se beneficia. E, como já foi deixado bem claro pelo meu amigo, o post é dele, o face é dele e ele pensa o que quiser, mas sinto-me no direito, de, juntamente com mais pessoas, afirmar que nosso amigo pisou de forma descuidada em um terreno delicado. Afirmar que alguém, de quem não era íntimo, de quem não conhecia a intimidade, era filho do diabo, um contraventor, um bandido ou alguém desprezível, é, no mínimo, para não dizer grosseiro e injusto, triste, por causa de tudo o que falei, e mais um pouco. Conheço muitos adolescentes que tem muita energia, são curiosos, alguns absolutamente honestos, mas em fase de transformação e querendo experimentar o mundo, querem provar tudo e se autoafirmar. Nossos jovens acabam procurando outros líderes e idealistas, pois quem deveria fazer o correto, constrói um um país com leis burras, com líderes descompromissados com a real informação, de uma mídia doente que gosta de ver pessoas se engalfinhando por sofismas e ideais; um país que é vítima de canalhas fazendo e manipulando leis; que financiam o crime organizado. Diz a canção deles: "nossos ídolos morreram de overdose". É tão delicado uma posição radical assim, ao ponto de não tocarmos mais Cássia Eller, Cazuza, Renato Russo, Elvis Presley, Amy Winehouse, Whitney Houston, U2, Gilberto Gil e tantos outros, e outros que não sabemos, e tantos outros que é difícil listar. Sonhamos com um país melhor, mas para isso ocorrer, precisamos de um país menos obtuso e mais informado.