ADRIANO DE OLIVEIRA: SUA BUCÓLICA "VERSIPROSA"
Tudo em que a arte consiste vem da alma de quem a produz. A arte não é ela; é o que ou quem ela revela. Obra de criação, causa e efeito é que definem a relação com seu criador. Nem sempre se consegue delinear onde ficção e realidade concorrem no mesmo processo. Isto se impõe invariavelmente na palavra escrita, no que consiste a arte da palavra.
Nem todos têm igual propósito. Escrever se destina a vários fins, mas nem um deles foge à manifestação pessoal do pensamento a personalizar o estilo. Vale considerar as limitações que o põe aberto, motivando-lhe aperfeiçoar o talento, a inspiração e, por outro lado, perceber quem se julga tão pronto como escritor quanto incapaz de rever os próprios equívoco.
“Descobri” Adriano de Oliveira numa das buscas em que, não raro, a capa do Recanto das Letras me surpreende. Estilo individual, predominantemente conduzido por reminiscências imagéticas, poeticamente detalhando aspectos da vida interiorana prazerosa e ingenuamente caipira, aflorada num “versiprosa” bucólico a retratar-lhe a alma pueril. Contos, crônicas e poemas narram, em detalhes, casos e causus, poetizando detalhes num fôlego que alonga a virgulação dos parágrafos.
Tudo em que a arte consiste vem da alma de quem a produz. A arte não é ela; é o que ou quem ela revela. Obra de criação, causa e efeito é que definem a relação com seu criador. Nem sempre se consegue delinear onde ficção e realidade concorrem no mesmo processo. Isto se impõe invariavelmente na palavra escrita, no que consiste a arte da palavra.
Nem todos têm igual propósito. Escrever se destina a vários fins, mas nem um deles foge à manifestação pessoal do pensamento a personalizar o estilo. Vale considerar as limitações que o põe aberto, motivando-lhe aperfeiçoar o talento, a inspiração e, por outro lado, perceber quem se julga tão pronto como escritor quanto incapaz de rever os próprios equívoco.
“Descobri” Adriano de Oliveira numa das buscas em que, não raro, a capa do Recanto das Letras me surpreende. Estilo individual, predominantemente conduzido por reminiscências imagéticas, poeticamente detalhando aspectos da vida interiorana prazerosa e ingenuamente caipira, aflorada num “versiprosa” bucólico a retratar-lhe a alma pueril. Contos, crônicas e poemas narram, em detalhes, casos e causus, poetizando detalhes num fôlego que alonga a virgulação dos parágrafos.
Passeei por todos os textos do autor caraguatatubense a me proporcionarem atentas e emocionantes leituras. Em prosa e verso, Adriano de Oliveira escreve com alma e todo sentimento que a revela. Tudo com a personalidade de que se reveste a linguagem clara, simples, precisa e correta. Se por algumas vezes a percepção teórica não lhe incide a classificação do texto, em nada lhe perde o brilho natural da inspiração. Poderia referir-me a toda a produção, mas dela destaco MINHA VIDA, poeticamente redigida com tempo, cor e sabor. Lembrou-me os romances regionalistas, que se reportam ao Nordeste; mas fez-me lembrar também a poetisa de Goiás, Cora Coralina. Contudo, Adriano é personalíssimo. É um estado d’alma a se revelar a cada palavra, a cada detalhe. Destaco em seguida “Crônica do dia Escuro”, “Imperfeição” e “Sou Antiquado”. Este, então, retratou-me de algum modo. Se não pelo modo de escrever que lhe é único, mas pela arte que, não é ela; mas é o que ele e todos nós sentimos.
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