EXEMPLOS PARA CUBA

O mundo árabe despertou. O povo egípcio deu a partida, ativando assim a fogueira, cujas lavas acenderam o espírito de luta por liberdade, por democracia, também do povo do Bahrein, do Iemen e da Líbia. E não ficará só por ali. No Iran, não demorará por muitos anos o estouro de uma rebelião contra o regime ditatorial, perverso, ali, vigente. Numa de suas últimas eleições, não só em Teerã, manifestações, por denúncia de fraude, contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, se espalharam por outras grandes cidades como Mashhad, Isfahen, Shiraz, Ahvaz e Yazd. A passividade de um povo, seja onde for, tem o seu limite, tem aquele “basta!”. A Líbia desde 1969, quando Kadhafi deu o golpe, exilando o rei Idris I, o povo sofreu horrores com as bestialidades daquele ditador, que foi destronado, assassinado, pois, com balas certeiras, em 20 de outubro de 2011. A Líbia, fazendo fronteira com o Egito, no norte da África, sofreu de imediato a influência egípcia, na derrocada da ditadura de Hosni Mubarak, eclodindo a luta armada de antipatizantes ao governo de Kadhafi, cujo futuro indefinido, estava nas mãos de potências ocidentais, como EUA, França, Inglaterra e outros, até o Qatar, que, por resolução da ONU, já bombardeavam (pelo ar) redutos aliados do “coronel” Kadhafi. Tudo fazia crer que o pedestal do ditador desabaria a qualquer momento, sem potencial bélico à altura para enfrentar as forças dos países envolvidos naquele conflito.
A Líbia, com uma população de 6.500.000 habitantes, é rica em petróleo e gás natural. E os recursos dessa riqueza, há 45 anos de governo ditatorial, em quase nada mudaram a fisionomia da vida do seu povo, como aconteceu com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, que transformaram as suas regiões, quase desertas, em cidades paradisíacas, propiciando status de primeiro mundo à sua gente, tudo devido à exploração das suas reservas petrolíferas. Muammar Kadhafi, ao contrário, em suas prerrogativas, em suas atitudes tresloucadas, fez com as riquezas naturais, com os lucros do seu petróleo, a arma para, em parte, contribuir com o terrorismo internacional e enriquecer mais e mais a sua conta bancária em instituições, provavelmente, na Suíça, como bem praticam os usurpadores do dinheiro público em todo mundo. Em nada beneficiando a sua gente, que continuou experimentando as amarguras dos povos do terceiro mundo.
Aí estão exemplos para o povo cubano arrebentar os grilhões que o escravizam desde que Fidel Castro apropriou-se de Cuba, em 1959. Na verdade, foi um movimento aplaudido por outros países, inclusive o Brasil. E por toda aquela gente, o povo cubano, que via em Fulgêncio Batista um governante com máscara de democrata, mas um ditador corrupto.
A queda de Batista (1953-1959) – Cuba vivia, desde 1952, sob a ditadura de Fulgêncio Batista, que chegara ao poder através de um golpe militar. Batista era um ex-sargento, promovido de uma hora para outra a coronel, depois da chamada “revolução dos sargentos” que depôs o presidente Gerardo Machado, em 1933. Sete anos depois, em 1940, Batista foi eleito presidente. Concluído seu mandato, manteve-se distante do poder durante o governo de seus dois sucessores, para retornar novamente à ativa em 1952, com um golpe.”
Contra a ditadura de Batista formou-se uma oposição, na qual se destacou o jovem advogado Fidel Castro, que em 26 de julho de 1953 atacou o quartel de Moncada, com um grupo de companheiros. O ataque fracassou e foram todos encarcerados, mas o ditador anistiou os rebeldes em 1954. Fidel, impossibilitado de agir devido à rigorosa vigilância policial, procurou exílio no México, onde reorganizou suas forças.
Anistiado, Fidel volta à sua pátria. E, ao lado do irmão Raúl Castro, de Che Guevara, se organizou na região de Sierra Maestra, acompanhados de outros companheiros que também eram contra o governo de Fulgêncio Baptista. E, em 1º de janeiro de 1959, finalmente, triunfaram. Derrubaram o ditador, tomaram o Poder Central em Havana, a Capital. No entanto, o povo que os aplaudiu, não acreditou sair da ditadura de Fulgêncio Batista e cair na ditadura marxista de Fidel Castro, que ali manda e desmanda, com mão de ferro, no destino do pobre povo cubano, roubando-lhe a liberdade desde 1959.
Já é hora, então, de Cuba acordar e sair desse marasmo, dessa passividade, dessa subserviência, dessa escravidão, e gritar bem alto por democracia, como está acontecendo no Mundo Árabe. O comunismo de Fidel Castro parou no tempo e no espaço. Não deu certo na bela ilha do Caribe.

 
Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 06/03/2013
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