Como dizer lamúrias à desesperança que delas está empanturrada? Como enumerar infinitos pedidos a pedintes espelhados? Como revelar o mais simples e comum cansaço, nada proveitoso? Ninguém, em sã consciência, dá ouvidos à desgraça alheia, ao desfortúnio. Todos precisamos folhear fotos sorridentes, enxergar as alegrias, curtir amenidades. Nem só de pão vive o homem.
Certamente, se faltar ânimo para vestir a armadura matutina, a primeira batalha já estará perdida. Ora, para que dizer bom dia? De nada servirá cumprimentar um maldito, indesejado, mero pedágio, purgatório do porvir mais pessimista possível. Já não basta ter dormido com os dormidos, comido a comida que não foi servida? Isso é veneno para a alma. Eu sei.
Quem dera pudéssemos falar com os olhos, e acalmar o coração angustiado. A calmaria é como um ombro amigo. Nela, repousa a tormenta mais inquietante. Silenciosamente, rogamos-lhe por reclusão. E meditamos, como monges modernos, enclausurados nas masmorras de um mundo virtual, que pisca sua luz, a cada clique.
Certamente, se faltar ânimo para vestir a armadura matutina, a primeira batalha já estará perdida. Ora, para que dizer bom dia? De nada servirá cumprimentar um maldito, indesejado, mero pedágio, purgatório do porvir mais pessimista possível. Já não basta ter dormido com os dormidos, comido a comida que não foi servida? Isso é veneno para a alma. Eu sei.
Quem dera pudéssemos falar com os olhos, e acalmar o coração angustiado. A calmaria é como um ombro amigo. Nela, repousa a tormenta mais inquietante. Silenciosamente, rogamos-lhe por reclusão. E meditamos, como monges modernos, enclausurados nas masmorras de um mundo virtual, que pisca sua luz, a cada clique.