QUERO ANDAR DE BONDE


 
Quando adolescente eu morava em S.Paulo e ia para a escola de bonde. Os menores eram abertos que seguiam barulhentos, tocando um sininho, cheios de gente pendurada nos estribos. Os maiores, chamados de camarão, eram fechados. Depois eles foram tirados de circulação no Brasil e só voltei a vê-los em Portugal, na Holanda e na Suíça. Fiquei feliz em transitar pelas ruas naqueles bondes silenciosos e modernos para a época. Agora vejo pela internet que até a cidade de Paris vem reabilitando este meio de transporte que não polui o ar. E para não atrapalhar o trânsito, alguns já circulam por avenidas que contornam a cidade, ligando pontos do norte ao sul ou de leste a oeste. Só de ver o modelito século XXI ilustrado acima, fico morrendo de inveja porque aqui em nosso país, em vez de andarmos pra frente, os governantes só pensam em maracutaias e se perpetuar no poder.


 
(*) imagem google