Tema de livro - Família

É um bocado de gente na mesma situação; elas gostam de presença física, de demonstração de afeto, de carinho, de orientação, de educação familiar, de limite.

Gostam da figura do pai, da mãe, presentes, de lar, de laço de família, mesmo quando há separação de casamento.

Para se tornar um jovem, adulto, seguro, a criança precisa de base, consolidada em amor fraternal, incondicional. Em consciência de que filhos são para a vida inteira, não importa a idade, filho é para sempre, até morrer.

Ter filhos envolve tempo, dedicação, atenção, convivência... Se houve vontade de fazer, na hora do prazer, mesmo que tenha sido inconsciente, a tempo de perceber que esta “escolha” é responsabilidade dos pais, e não de segundos ou terceiros. Parar de achar que é bonitinho ter filho, enquanto eles são bebezinhos. Ter filhos tem custos e dá muito trabalho.

E são tantas histórias de abandono, tantas crianças deixadas para traz depois de uma separação, renunciadas por seus responsáveis. Eu sei bem o que é isso, convivo com várias crianças que vivem esta situação, tão próximas de mim.

Vejo em seus olhos, ouço suas falas dizer: sinto muita falta do meu pai, da minha mãe, de um lar, de uma família inteira. Falta que causa dano, que certamente vai tornar essa criança um adulto inseguro, medroso, possivelmente com baixa autoestima.

Lya Luft, no livro Perdas e Danos compartilha o pensamento: O amor primeiro, aquele entre pais e filhos vai determinar nossa expectativa de todos os amores que teremos. Nossa vivência inicial vai marcar muitas das nossas vivências futuras. Por isso, ter filhos e criá-los, é cada dia gerar e pari-los outra vez, sem descanso. (...) A relação familiar ocorre entre personalidades diferentes ou até antagônicas, predeterminadas a viver longo tempo entre quatro paredes de uma mesma casa (sem possibilidade de divórcio se forem pais e filhos)”.

Em outro trecho Lya Luft diz, “dramas familiares podem ser raízes venenosas por baixo da terra do convívio ou da alma”.

E são, todos os dias, todas as semanas, há anos. São cruéis se não nos esforçarmos para diminuir o efeito de suas raízes, já que é impossível cortá-las por definitivo. É não é fácil conviver com elas, é preciso ser forte para superar o abando. É preciso ter instinto de humanidade para saber superar a falta e seguir em frente. É preciso perceber que “cada casal estende-se uma longa cadeia de erros e acertos geradores de humanidade”.

Pra pensar:

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 05/03/2013
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