PEDOFILIA. LISURA, CRENÇA.

TENHO RECEBIDO ESTAS MEDITAÇÕES SOBRE A QUARESMA COM PRAZER, E CONSIDERADO, SOB VÁRIOS PRISMAS.

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Mais importante que a crença é a lisura na vida. Inexiste aquela sem o exercício desta. Não existe crença em algo bom - ensinamentos de Cristo – sem lisura. Que adianta ser um alto dignitário da igreja e não ter lisura em sua conduta. Crê em qual princípio, na hediondez da pedofilia ou em seu encobertamento?

Que crença é esta que se esconde através de votos maiores para perpetrar o maior dos crimes, macular a inocência. Ninguém limpa feridas incuráveis....

É preciso recepcionar, também, Jesus de Nazaré, o filho do carpinteiro José, como homem que foi, como nós, comum nos hábitos, OBSERVANDO A LEI MORAL, antes guia incensurável de qualquer sistema religioso hígido, sadio, incorrupto. Jesus percorreu a vida como nós, diferente somente diante da Lei Moral, não tinha pecados de consciência.

Era um homem cuja história formal reporta pouco, com registros indissociáveis do contexto em que viveu, de época, como define Flavio José, “Josefo”, o mais citado historiador contemporâneo de Jesus, praticamente único. Não tinha feridas a lavar nosso Jesus histórico, homem como nós, só fazia o bem.

“Minha vida é um deserto em que tudo o que é superficial aflora.”, é seguimento a ser varrido das impurezas dessa desertificação do conhecimento próprio, que se faz por medo de olhar para dentro vendo o que se coloca para fora em prejuízo do próximo. Limpar-se, para afastar-se da impureza das faltas, maiores e menores, é sinal de luz, que não só ascende a outros espaços de paz, como estende a mão antes recolhida, para ser solidário e justo.

Não há religião sem Lei Moral, humana, sem reveses punitivos deíficos, infernos, purgatórios ou o premio dos céus.

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“Limpar minhas feridas.

Um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.

Evangelho de S. Lucas, cap. 10, vers. 33.

A meditação

Me debato em minha luta. Com minhas feridas grito meu sofrimento. Minha vida é um deserto em que tudo o que é superficial aflora. Encontro-me diante de mim mesmo, de minha história, de minha vida real com suas sombras, com esse sentimento de estar à beira do caminho, a cabeça apoiada em uma pedra, no chão.

Como o homem da parábola, ferido e abatido, agonizante no fosso, entre Jerusalém e Jericó. Porém meu bom samaritano eu o conheço e o reconheço, é você, Jesus.

Você escuta minha dor. E amorosamente me diz: “O que queres que te faça?” Suas palavras já me consolam. De meu ser machucado, sensibilizado pela confiança, eu respondo como o profeta Oseias, meu corpo grita: “Limpa minhas feridas; cura-me”

(Oseias, 6,1). Afasta de mim os ídolos que me forjo.

Como Oseias, meu espírito aguarda: “Ele nos dará de novo a vida em dois dias; ao terceiro dia ele nos levantará e viveremos em sua presença” (Oseias, 6,2).

Jesus, como o bom samaritano cheio de piedade, limpa minhas feridas, verte nelas o vinho que purifica e o óleo do perdão. Você me conduz para a hospedaria do repouso e da cura.

E eu, como o homem ferido, me deixo curar. Em meu leito de sofrimento, meu coração saciado, disponível, pode então acolher sua benção. Seu amor e sua gentileza me fazem recuperar a força. Meu Salvador! Você lava minhas feridas. Você me reergue para que eu possa retomar a vida. Pois, também você Jesus, se reergueu após a morte.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/03/2013
Reeditado em 05/03/2013
Código do texto: T4172694
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