INOVAR PARA SOFRER ("A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro." — Peter Drucker)
Um aluno do oitavo ano já deveria saber perfeitamente o seu papel na escola, mas não sabe. Como posso LHE exigir que saiba qual é o papel do professor!?Bem, tenho observado os alunos indisciplinados e desrespeitadores perturbando A MINHA AULA, mexendo com os seus colegas, o QUAIS, além de revidar os insultos, Vão DENUNCIá-los a mim! POIS, na presença do professor julgam-se protegidos, AÍ irritantemente se xingam. Então, fica evidente, SOBRE esses desajustados, O DESEJO DE aliciar o professor para seu lado e insistem aos gritos: — "prossor, prossor oia o mininu aqui...!!!" Tentando dissimular o seu mau caráter e tomar o tempo da aula com futilidades. Meu esclarecimento a eles é o seguinte: estudei Língua Portuguesa e não "Jiu-jítsu" para ficar separando brigas de aluno sem brio.
Olhando a apresentação de um trabalho escolar desses desordeiros do dia-a-dia da sala, vi como eles querem ordem e atenção! Comportamento não praticado por eles quando outros apresentaram e precisaram de silêncio. Porém agora, eles querem respeito e atenção. Qual não foi a confusão, quando um ou outro da classe começou fazer perguntas. Os apresentadores falando sobre drogas, assunto corriqueiro e familiar, não conseguiam responder favoravelmente nenhuma. Então transferiram a culpa para mim porque não colocava a turma em silêncio, COM isso não fizeram bem. Mas, quem mais fazia barulho eram os TAIS APRESENTADORES, tentando sufocar as perguntas difíceis de responder. Já é sabido que para time PERDEDOR não tem juiz bom e nem goleiro!!! Depois me desacataram exigindo nota melhor. Porém a classe se revoltou: — "Que apresentação é essa que os responsáveis mostram um vídeo, baixado da net e só?" — "MOSTRARAM SÓ pedaços de jornal e o leram apenas?" Então, entendi que a falta de competência de muitos está na falta de compromisso com os saberes.
Já no Ensino Médio, as apresentações são um pouco melhores e existe realmente uma certa decência e ordem. Não tenho me recusada a conferir-lhes boas notas, pois têm qualidade e profundidade. Só reclamo de um problema nessas apresentações é as repetições de tema, devido os muitos preguiçosos que pedem emprestado o material já apresentado por outro grupo e nem têm o cuidado de mudar alguma coisa. Todavia, desisti de trabalhar com seminários em sala de aula.
A ironia sarcástica de tudo isso é que a coordenadora pedagógica acredita mais nos alunos que vão lá pedir por aulas criativas do que na realidade que ela já conhece. Pobre dela que se une a eles, também, massacrando injustamente o professor, nem para perceber que é mais uma justificativa dos "desobjetivados", pois não querem assistir a aula do "velho tradicional", coagido pelo sistema cheio de leis disciplinares que não funcionam.
Que motivação tenho para inovar e ser criativo. Se, às vezes, quando tentei sê-lo, ao invés de ganhar mais, perdi mais, expondo-me mais ao desrespeito e ao ridículo. Assim temo sair dali, qualquer dia desse, morto; se cumprirem suas abundantes ameaças. Tomara que isso aconteça logo, quem sabe aí, terei meu momento e glória num enterro de mártir, e um deles pague alguma pena. Atualmente dou graças a Deus a coordenadora da equipe da nova direção; proibiu-me os seminários, alegando ser enrolação da aula.