A IMPORTÂNCIA DA VIDA.

Quem conhece por história o “Milagre de Lanciano”, ocorrido na Toscana, Itália, ou de perto, tem razões para buscar a mítica solenidade anunciada por Cristo: “Este é meu corpo e este é meu sangue”.

Com a transfiguração e o alimento espiritual prometido, aos que amarem seus irmãos, a vida será eterna. Na paz do Senhor. A vida será eterna, a grande promessa.

Lanciano é a verdade de São Tomé, “ver para crer”. Fora isso nossas fragilidades são carentes de abrigo.

Buscamos o alento pelas nossas fragilidades ou para preservar o maior bem, a vida, que assim seria eterna?

A morte só amedronta pela dor moral da saudade para quem tem clareza nos pensamentos, porque a morte é o fim último de todas as fragilidades.

Vou no ato litúrgico da missa faz uns seis anos, embora criado em Colégio Salesianos, de missa obrigatória dominical.

Não assisto toda a missa, ouço pouco ou quase nada o sermão, quando chego está acabando, praticamente. Tenho minhas razões. A ortodoxia não me alcança plenamente. E não ouço porque não posso nada dizer, quando mais se podia dizer ou menos ser dito do que se ouve. Sem pretensões, somos todos humanos.

E ouvi hoje que “há um lugar no céu esperando por nós, e não devemos perdê-lo”. Um contrato.Pueril. Sem contratantes presenciais, por todos os motivos.

Seria bilateral, por sermos fieis ao que foi ensinado. É assim aqui também, embora descumpridas as promessas pelo Senhor Estado, teríamos todos, mesmo os mais infelicitados pela sorte, um bom lugar para viver com dignidade. Em vão.

Cristo diversamente nos prometeu esperança, valor imaterial, mas o conforto da fé já está próximo da razão serena. Sem sectarismos.

A vida é o maior bem humano, todos sabem disso, até o mais rudimentar homem que desconhece terem os Estados através das penas máximas protegido esse bem, a vida. Não é surpresa pretenderem todos que essa vida não acabe, ou melhor, seja eterna. É nosso maior bem.

O hiato entre razão e fé, não apaga a compreensão que a vida move todas as religiões na sanha de preservar a própria vida. Lucrécio, poeta romano maior, por isso creditava religiões ao temor da morte.

É preciso compreender que esta vida se torna imensamente importante para que em vida espiritual posterior, possível quando acreditada e esperançada, ainda que fracamente, possa existir paz. Ninguém que faz o mal encontrará vida pacificada, nem neste e nem na possibilidade de outros espaços.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/03/2013
Reeditado em 04/03/2013
Código do texto: T4168219
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