MEU CACHORRO SABE FALAR
O belo animal criado por Deus, nomeado pelo homem como seu melhor amigo. Com variadas raças, com seus tipos, tamanhos, pelagem etc. todos querem ter um. Alguns dão o devido tratamento, outros nem tanto.
Na minha concepção de viver e se relacionar com os animais gosto de vê-los soltos, e declaro, odeio quando vejo um animal preso. Acho que todo criador de zoológico deveria ficar no lugar dos animais pelo menos uns trinta dias para ele sentir na própria pele o que significa aquele lugar.
Quando moleque nunca gostei de ver os pássaros presos em gaiolas, ainda recordo de um amigo que os tinha e eu soltei todos, causando o rompimento da nossa frágil amizade.
Boa parte da minha vida morei ao lado de um campo de futebol, uma enorme área a qual usávamos para todo tipo de brincadeira. De empinar papagaio(assim chama no norte) ao futebol. Nessa época meu irmão mais velho arrumou um cachorro, dando-lhe o nome de capucho. Não me pergunte de onde ele tirou o nome que eu não faço a mínima ideia. Nosso protetor, era pra isso que ele servia, para não deixar ninguém pular a cerca literalmente.
Nunca mais tive outro cachorro, nem de sociedade. Porque sempre morei em casas não muito grande e preferi dar prioridade aos filhos. Cuidar dos filhos por si só já é uma imensa tarefa e, portanto, não me sobraria tempo para ter um cachorro. A bem da verdade, costumo dizer que terei um cachorro no dia que ele souber ir ao banheiro, apertar a descarga, tomar banho, e passear, já que tenho uma vida tribulada com a falta de tempo. Ah, e ainda para finalizar, terei que morar numa casa com o lote não menor que 800m2.
Morrerei pensando que um animal que nem o cachorro precisa de espaço, para viver e ser feliz. Já que o bonitão não vai poder pegar o carro e dar uma volta, não poderá pegar a motocicleta e fazer um reconhecimento etc. criar um cachorro apenas para dizer para os amigos que tenho um e mantê-lo preso que nem um condenado que matou alguém ou cometeu outro ilícito, isso jamais farei. Não estou aqui condenando quem o faça, cada cabeça uma sentença.
Conheci o Pingo e o Loopi, dois lindos cachorrinhos, quando presos latiam horrores para saírem e passearem, quando podia os soltava para vê-los correndo de norte a sul na casa de sua proprietária. É uma alegria contagiante, mas logo em seguida vem o detalhe: correm e começam a fazer o número 1 em tudo que é lugar, em seguida o número 2, e dão aquela tradicional esfregada nas patinhas para trás. Aí vem a tristeza, poxa se eles não fossem assim bem que poderiam ficar soltos.
Os dois, pai e filho, de tanto ficarem presos sem nenhuma companheira por perto chegam a ensaiar uma galopada sobre o outro, causando uma briga entre os dois, ninguém quer ser o passivo da história. Arrancando um glorioso riso do Stefano que afirma que ambos têm uma tendência homossexual. Mas os defendo, informando ao amigo que é o instinto natural dos animais, e por viverem presos passam por isso.
Agora imaginem se os dois morassem num apartamento? Imaginaram? Pois eu conheço inúmeros que moram em apartamentos. De todas as raças, e seus proprietários insistem em manter os bichos morando consigo. Normalmente os apartamentos em Brasília tem em média 80m2, três quartos, sala, cozinha, etc. já é difícil para os seres humanos imagine para um animal acostumado ao campo. Aliás, o Huscky Siberiano, um cachorro com três camadas de pêlo, é acostumado a temperaturas baixíssimas, e a correr entre 30 e 40 quilômetros por dia na neve.
Fico a imaginar o dia desses bichos nos apartamentos: acordar e não ter o que fazer; pode descer para dar uma caminhada e fazer as necessidades fisiológicas; assistir desenhos na TV, o programa da Ana Maria; Depois o programa de saúde ou aqueles outros que falam muita besteira; depois o programa da Fátima; Depois o Jornal Hoje; Depois o Vídeo Show; Depois sessão da tarde, de preferência se for sobre a Lessie; depois as novelas das 6, 7; Jornal Nacional; Novela das 9; depois o Big bo...; depois sessão especial; depois o corujão; depois tenta de qualquer jeito dormir, senão vai enlouquecer, isso durante toda a vida.
Das duas uma: ou saberá falar em pouco tempo ou vai morder até arrancar o pedaço do primeiro que tirar uma graça com ele. Alguém discorda que isso é tortura? Meu deus, até onde vai o egoísmo do ser humano em querer o que não pode ter? Submeter um animal que traz na sua genética a liberdade, a vontade de correr no campo, viver livre, para com ele dividir um minúsculo apartamento? Confesso que quando me encontro com essas pessoas procuro ficar calado, já que sou um tagarela, tenho medo, se ela faz isso com um animal que nada fez contra ela imagina se eu pisar no seu pé?
Como tenho um defeito de fabricação, sou um gozador, quando estou no elevador que alguém entra com um belo cão pergunto a raça e se ele já sabe falar? Na sua maioria dão um sorriso e respondem que não, e melhor, eles não entendem o que eu quero dizer com aquela pergunta, ou se entendem fingem que não entenderam. Mas sou insistente e afirmo: mas essa raça é inteligente, eu tenho um e ele já aprendeu, o seu, logo, logo vai aprender!
O belo animal criado por Deus, nomeado pelo homem como seu melhor amigo. Com variadas raças, com seus tipos, tamanhos, pelagem etc. todos querem ter um. Alguns dão o devido tratamento, outros nem tanto.
Na minha concepção de viver e se relacionar com os animais gosto de vê-los soltos, e declaro, odeio quando vejo um animal preso. Acho que todo criador de zoológico deveria ficar no lugar dos animais pelo menos uns trinta dias para ele sentir na própria pele o que significa aquele lugar.
Quando moleque nunca gostei de ver os pássaros presos em gaiolas, ainda recordo de um amigo que os tinha e eu soltei todos, causando o rompimento da nossa frágil amizade.
Boa parte da minha vida morei ao lado de um campo de futebol, uma enorme área a qual usávamos para todo tipo de brincadeira. De empinar papagaio(assim chama no norte) ao futebol. Nessa época meu irmão mais velho arrumou um cachorro, dando-lhe o nome de capucho. Não me pergunte de onde ele tirou o nome que eu não faço a mínima ideia. Nosso protetor, era pra isso que ele servia, para não deixar ninguém pular a cerca literalmente.
Nunca mais tive outro cachorro, nem de sociedade. Porque sempre morei em casas não muito grande e preferi dar prioridade aos filhos. Cuidar dos filhos por si só já é uma imensa tarefa e, portanto, não me sobraria tempo para ter um cachorro. A bem da verdade, costumo dizer que terei um cachorro no dia que ele souber ir ao banheiro, apertar a descarga, tomar banho, e passear, já que tenho uma vida tribulada com a falta de tempo. Ah, e ainda para finalizar, terei que morar numa casa com o lote não menor que 800m2.
Morrerei pensando que um animal que nem o cachorro precisa de espaço, para viver e ser feliz. Já que o bonitão não vai poder pegar o carro e dar uma volta, não poderá pegar a motocicleta e fazer um reconhecimento etc. criar um cachorro apenas para dizer para os amigos que tenho um e mantê-lo preso que nem um condenado que matou alguém ou cometeu outro ilícito, isso jamais farei. Não estou aqui condenando quem o faça, cada cabeça uma sentença.
Conheci o Pingo e o Loopi, dois lindos cachorrinhos, quando presos latiam horrores para saírem e passearem, quando podia os soltava para vê-los correndo de norte a sul na casa de sua proprietária. É uma alegria contagiante, mas logo em seguida vem o detalhe: correm e começam a fazer o número 1 em tudo que é lugar, em seguida o número 2, e dão aquela tradicional esfregada nas patinhas para trás. Aí vem a tristeza, poxa se eles não fossem assim bem que poderiam ficar soltos.
Os dois, pai e filho, de tanto ficarem presos sem nenhuma companheira por perto chegam a ensaiar uma galopada sobre o outro, causando uma briga entre os dois, ninguém quer ser o passivo da história. Arrancando um glorioso riso do Stefano que afirma que ambos têm uma tendência homossexual. Mas os defendo, informando ao amigo que é o instinto natural dos animais, e por viverem presos passam por isso.
Agora imaginem se os dois morassem num apartamento? Imaginaram? Pois eu conheço inúmeros que moram em apartamentos. De todas as raças, e seus proprietários insistem em manter os bichos morando consigo. Normalmente os apartamentos em Brasília tem em média 80m2, três quartos, sala, cozinha, etc. já é difícil para os seres humanos imagine para um animal acostumado ao campo. Aliás, o Huscky Siberiano, um cachorro com três camadas de pêlo, é acostumado a temperaturas baixíssimas, e a correr entre 30 e 40 quilômetros por dia na neve.
Fico a imaginar o dia desses bichos nos apartamentos: acordar e não ter o que fazer; pode descer para dar uma caminhada e fazer as necessidades fisiológicas; assistir desenhos na TV, o programa da Ana Maria; Depois o programa de saúde ou aqueles outros que falam muita besteira; depois o programa da Fátima; Depois o Jornal Hoje; Depois o Vídeo Show; Depois sessão da tarde, de preferência se for sobre a Lessie; depois as novelas das 6, 7; Jornal Nacional; Novela das 9; depois o Big bo...; depois sessão especial; depois o corujão; depois tenta de qualquer jeito dormir, senão vai enlouquecer, isso durante toda a vida.
Das duas uma: ou saberá falar em pouco tempo ou vai morder até arrancar o pedaço do primeiro que tirar uma graça com ele. Alguém discorda que isso é tortura? Meu deus, até onde vai o egoísmo do ser humano em querer o que não pode ter? Submeter um animal que traz na sua genética a liberdade, a vontade de correr no campo, viver livre, para com ele dividir um minúsculo apartamento? Confesso que quando me encontro com essas pessoas procuro ficar calado, já que sou um tagarela, tenho medo, se ela faz isso com um animal que nada fez contra ela imagina se eu pisar no seu pé?
Como tenho um defeito de fabricação, sou um gozador, quando estou no elevador que alguém entra com um belo cão pergunto a raça e se ele já sabe falar? Na sua maioria dão um sorriso e respondem que não, e melhor, eles não entendem o que eu quero dizer com aquela pergunta, ou se entendem fingem que não entenderam. Mas sou insistente e afirmo: mas essa raça é inteligente, eu tenho um e ele já aprendeu, o seu, logo, logo vai aprender!