Pés sem chão
Novembro custou partir
Como todos os dias depois de amanhã
Sinto como um barco sem rumo no mar
Sem uma rede de pesca pra servir de trabalho
Foram partidas intensas no preto
Sobrevivo não sei de que maneira,
Mas por incrível que pareça
Tenho dentes nas bocas pra morder
Doeu permanecer feito uma doente
Da qual não se sabe como está assim
Por permanecer sem contato com a vida
Com o lado solar de um dia de sol pela manhã
Olha como meu corpo ficou, vazio
Sem poder ter oportunidades quais quais joguei pela janela,
E que nesse momento de temor e falta do que sentir, e fazer com o medo da solidão me fazem tanta falta nesse lugar sem chão e cortinas
Meu conforto pode estar distante ainda de mim, vendo como se é ruim andar com os pés nus em um território árido e hostil
Quanto tempo de não sei como viver e sem viver
Não será um reconhecimento bom daqui pra frente.