LIDERANÇA. DESPEDIDA. BENTO XVI.

Do Angelus final na Praça de São Pedro até sua despedida em Castelgandolfo, a linda cidade nas margens do Lago Albano, Bento XVI mostra sua força sustentada na verdade que quer restaurar a igreja. "Um homem de biblioteca e de cátedra, de reflexão e de estudo, seguramente um dos pontífices mais inteligentes e cultos que teve em toda a história a Igreja católica", aponta o intelectual e escritor Vargas Llosa.

Disse em suma, em Castelgandolfo, que “a partir de hoje sou somente um peregrino na sua última etapa que se entregará ao bem comum e à paz da humanidade”.

E para o bem da igreja que reflete na humanidade, liderança incontestável e única, sem dominações, possessões, buscas capitalistas, estelionatos captadores da fé por prometidas prosperidades materiais, curandeirismos e estelionatos, fatos definidos nas leis universalmente como crimes, envolvimentos mercantis ou bélicos, faz uma limpeza na sua última semana de pontifício, varrendo pústulas de cargos executivos na igreja, direcionando movimentos de afastamento de cardeais indesejáveis ao conclave, e abrindo ao mundo o lado ético, pelo exemplo, que deve presidir em tudo a conduta humana, principalmente na entidade que deve pautar o caminho a ser seguido por ser do único homem que não deixou defeitos em sua biografia, só virtudes, Jesus Cristo.

E fez tudo na concentração consciente da renúncia, possibilitando neste ato de humildade, a limpeza sem resistências dos falsificadores dos votos feitos ao Messias.

Ficará na história como um mártir vivo, que deixou o fio divino da inspiração da Cadeira Pontifícia e do anel de Pedro para redirecionar a instituição nos caminhos do Concílio de João XXIII.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/02/2013
Reeditado em 28/02/2013
Código do texto: T4164320
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