Recaídas
Hoje eu me vi tropeçando de novo. E na mesma pedra de antes, o que torna pior a situação. Já conheço o caminho, sei exatamente onde estão os obstáculos, mas, como débil nas coisas do amor, torno a me machucar. Cometo os mesmos erros, numa repetição sem lógica alguma.
Às vezes me percebo fazendo dos meus dias tempo perdido, diante do que eu poderia estar realizando em prol da minha felicidade.
E uma voz me chama a atenção, como se me cobrasse atitude (é provável que seja a minha consciência, vira e mexe ela tenta me ajudar). Parece-me um pouco dura, mas não tenho como fugir do que ela me diz: “Celça, pisa no freio! Vai devagar, maluquinha!”
Tomada por uma tristeza vejo maior o vazio que há em mim. Procuro o inexistente. Pareço viver num mundo distante do que sonhei. Vivo idealizando coisas e pessoas. Meus voos são altos, o coração deseja o inalcançável nesse plano.