Família Lima
 
 
Pesquisando fotos da família, acabei de encontrar a que segue. Trata-se de mais uma da família de Antonio Joaquim de Lima, meu avô, o qual, nessa época, já havia falecido.
Foi tirada no casarão do  Largo da  Matriz de São Bernardo, esquina com a rua Santa Filomena. Pode-se notar a simplicidade da residência, através das portas e do piso. Contrastando com esses detalhes, vemos a elegância dos membros de minha família. Em pé: João Cipriano de Lima, Manoel de Lima (Maneco da Vila), Alfredo de Lima, sua filha Mariazinha, Bernardino de Lima (ainda solteiro), Laura (filha do Alfredo que se tornou freira), Carlos Madela, marido de Elisa e meu pai Antonio de Lima, muito jovem (uns 20 anos) e já com dois filhos. Sentados: Arnélia de Lima, casada com João,  tendo no colo seu filho Enéas, Tia Pina com o filho Tito Lima, casada com Manoel, Tia Chiquinha, casada com Alfredo, a matriarca Avó Laurinda, Elisa de Lima Madela, minha mãe Adelina (como era bonita!) com a filha Guiomar e a irmã de Carlos Madela, cujo nome não tenho. No chão: Terezinha, filha de Pina/Manoel, Maneco, também filho deles, Oduvaldo, filho de Arnélia/João, João, filho de Pina/Manoel, Alfredinho, Luiz , estes dois últimos filhos de Alfredo e, finalmente, meu irmão Waldemar. Todos já falecidos, menos Enéas, Oduvaldo, minha irmã Guiomar e Maneco, este irmão do João e do Tito Lima. Eu e meus irmãos Sebastião e Roberto, ambos falecidos, não havíamos nascido. A Avó Laurinda era da família Serafim Bueno, cujo reduto ficava onde hoje é a ETE Lauro Gomes, defronte ao Paço Municipal. Ali era uma grande chácara, e cheguei a conhecer o irmão dela, Tio Joaquim, que criava porcos. Ainda vejo-o em minha memória, grandalhão, sempre com um capote bem comprido e de chapéu, sentado na carroça, fumando cachimbo, seguindo para a feira com seu produto de venda. Uma figura...vamos dizer, bem soturna e mística. Dava medo.
Minha família sempre foi muito festeira, sendo famosas as festas do Divino. A então Vila de São Bernardo era bem pequena, e quase toda ela comparecia à casa dos Lima. Não tive essa felicidade. Era realizada 50 dias após a Páscoa, em comemoração ao dia de Pentecostes, como homenagem ao Espírito Santo, quando ele desceu sobre os Apóstolos, sob forma de língua de fogo. Durava uma semana. Nascido em Santo André, só fui frequentar São Bernardo bem depois, quando já não mais vivia minha avó, bem como o casarão já não existia. Era meu passeio domingueiro.

 

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 25/02/2013
Reeditado em 25/02/2013
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