Eu não imaginava dizendo as mesmas palavras de meu pai.
Quando ensaiávamos os passos do grupo de dança que tinha até nome. Éramos integrantes da MAFIA DO FUNK.
Eu, Odair (meu primo), Elzinha, Nair, Marcio (outro primo) e Marco (meu irmão) resolvemos montar o grupo e dançar nas festas e danceterias (ainda não tinha o nome de balada).
Ganhamos alguns concursos e perdemos muitos outros, mas o que valia naquela época era poder dançar.
Não faltavam as gatinhas, tínhamos até fã clube e algumas empresas nos davam patrocínios. Pode?
Mas voltando as palavras de meu pai...
Ele assistindo aos ensaios com olhar de espanto dizia:
No meu tempo não se dançava assim, nem se ouvia isso!
Hoje vejo os garotos e garotas com suas danças estranhas aos meus olhos, e a musica então!
Cachorras e popozudas? Nem em sonho chamaríamos as “minas” assim, pois correríamos o risco de ficar mal falados por usar palavreados esdrúxulos.
Com letras depravadas que fazem apologia as drogas e a violência descaradamente, vemos o funk evoluir, se é assim que devemos dizer.
Os passinhos minuciosamente ensaiados cederam aos rebolados que descem até ao chão no mais puro depravar do ser humano.
Antes não, o funk tinha melodia e atrevo-me a dizer, porque não poesia?
Infelizmente para nosso grupo o funk perdeu a essência e não tem mais graça.
Eu só não entendo se o funk se perverteu para agradar a massa funkeira ou se massa funkeira corrompeu-se para poder continuar ouvindo as musicas atuais chamadas de funk.
Talvez nem uma coisa nem outra, apenas envelhecemos como meu pai envelhecera na época em que destilávamos juventude.
Faço minhas as notáveis palavras dele agora:
“No meu tempo não se dançava assim, nem se ouvia isso”!
Quando ensaiávamos os passos do grupo de dança que tinha até nome. Éramos integrantes da MAFIA DO FUNK.
Eu, Odair (meu primo), Elzinha, Nair, Marcio (outro primo) e Marco (meu irmão) resolvemos montar o grupo e dançar nas festas e danceterias (ainda não tinha o nome de balada).
Ganhamos alguns concursos e perdemos muitos outros, mas o que valia naquela época era poder dançar.
Não faltavam as gatinhas, tínhamos até fã clube e algumas empresas nos davam patrocínios. Pode?
Mas voltando as palavras de meu pai...
Ele assistindo aos ensaios com olhar de espanto dizia:
No meu tempo não se dançava assim, nem se ouvia isso!
Hoje vejo os garotos e garotas com suas danças estranhas aos meus olhos, e a musica então!
Cachorras e popozudas? Nem em sonho chamaríamos as “minas” assim, pois correríamos o risco de ficar mal falados por usar palavreados esdrúxulos.
Com letras depravadas que fazem apologia as drogas e a violência descaradamente, vemos o funk evoluir, se é assim que devemos dizer.
Os passinhos minuciosamente ensaiados cederam aos rebolados que descem até ao chão no mais puro depravar do ser humano.
Antes não, o funk tinha melodia e atrevo-me a dizer, porque não poesia?
Infelizmente para nosso grupo o funk perdeu a essência e não tem mais graça.
Eu só não entendo se o funk se perverteu para agradar a massa funkeira ou se massa funkeira corrompeu-se para poder continuar ouvindo as musicas atuais chamadas de funk.
Talvez nem uma coisa nem outra, apenas envelhecemos como meu pai envelhecera na época em que destilávamos juventude.
Faço minhas as notáveis palavras dele agora:
“No meu tempo não se dançava assim, nem se ouvia isso”!