O ENCONTRO
Era um sábado comum, mas não para elas. Fazia tempo, que as duas irmãs não se viam. Antes, quando moravam quase vizinhas, todas as tardes a Filomena, vinha tomar o café da tarde com a Carmela.
O tempo porém, se encarregou de distância-las, só fisicamente, pois, ambas se estimavam muito.
Naquele sábado bem cedinho, fui buscar minha tia Mena, para passar o dia em nossa casa, onde minha avó Carmela morava. Guardo dentro do meu coração a alegria do encontro das duas irmãs. Assunto não faltou, e papearam sem parar, durante todo o dia, na mesa do almoço, no café da tarde, e só pararam quando chegou a hora de levar a tia Mena de volta para casa.
Revendo essa foto, a última que tirei de minha avó, junto a sua irmã caçula. Me lembrei, que em menos de dois meses, depois desse encontro, a querida tia Mena, partiu dessa vida, fico a pensar, o quanto elas mataram a saudade que sentiam uma da outra, nesse reencontro.
Tento me recordar dos assuntos que elas conversaram, alguns presenciei, outros não, quis deixá-las a vontade, para falarem das lembranças, e da saudade que sei, guardavam na alma.
Mal sabia minha avó, que aquele sábado feliz, que passou ao lado de sua irmã seria a última vez que a veria. Tia Mena se foi sem aviso prévio.
Depois disso minha avó, viveu mais de uma década, partindo com quase cem anos de idade, e vez ou outra, perguntava por sua querida irmã. Nunca lhe contei que ela havia morrido, para não lhe causar tristeza.
Sempre que me recordo delas, penso vê-las assim, como nessa foto, sentadas em paz, serenas, batendo longos papos, em torno de tudo que viveram juntas, e do terno amor que cultivaram uma pela outra.
(Foto da autora)
Era um sábado comum, mas não para elas. Fazia tempo, que as duas irmãs não se viam. Antes, quando moravam quase vizinhas, todas as tardes a Filomena, vinha tomar o café da tarde com a Carmela.
O tempo porém, se encarregou de distância-las, só fisicamente, pois, ambas se estimavam muito.
Naquele sábado bem cedinho, fui buscar minha tia Mena, para passar o dia em nossa casa, onde minha avó Carmela morava. Guardo dentro do meu coração a alegria do encontro das duas irmãs. Assunto não faltou, e papearam sem parar, durante todo o dia, na mesa do almoço, no café da tarde, e só pararam quando chegou a hora de levar a tia Mena de volta para casa.
Revendo essa foto, a última que tirei de minha avó, junto a sua irmã caçula. Me lembrei, que em menos de dois meses, depois desse encontro, a querida tia Mena, partiu dessa vida, fico a pensar, o quanto elas mataram a saudade que sentiam uma da outra, nesse reencontro.
Tento me recordar dos assuntos que elas conversaram, alguns presenciei, outros não, quis deixá-las a vontade, para falarem das lembranças, e da saudade que sei, guardavam na alma.
Mal sabia minha avó, que aquele sábado feliz, que passou ao lado de sua irmã seria a última vez que a veria. Tia Mena se foi sem aviso prévio.
Depois disso minha avó, viveu mais de uma década, partindo com quase cem anos de idade, e vez ou outra, perguntava por sua querida irmã. Nunca lhe contei que ela havia morrido, para não lhe causar tristeza.
Sempre que me recordo delas, penso vê-las assim, como nessa foto, sentadas em paz, serenas, batendo longos papos, em torno de tudo que viveram juntas, e do terno amor que cultivaram uma pela outra.
(Foto da autora)