DITADURAS EMOCIONAIS
Ditaduras Emocionais
Passados quase 18 anos do fim da ditadura em nosso país, me pergunto... Somos pessoas livres, ou ainda estamos presos a algum tipo de ditadura?
Não vou falar de política, de imprensa, de mercado, vou tentar falar de comportamento humano...
Somos ainda reféns de algo que não sejam nossas próprias aspirações e nossos próprios interesses? E esses interesses e essas aspirações não nos tem mantido em cárcere e privando a liberdade total de nossas idéias?
Podemos falar o que quisermos? Podemos opinar de todas as maneiras e sobre todos os assuntos?, Temos a verdadeira liberdade de ir e vir... Viver em sociedade? Regras? Ditames? Palavrinhas lindas do vocabulário de qualquer déspota que se prese.
Somos prisioneiros dos nossos direitos, pois eles nos ditam que o NOSSO direito é limítrofe com os DIREITOS DOS OUTROS...
Não somos livres, somos eternos prisioneiros do contexto social no qual nos inserimos, nos inserimos pois não tínhamos o limite de não pertencer... Utópico. TEMOS E SOMOS OBRIGADOS A PERTENCER AO SISTEMA... Nossas palavras, nossas atitudes, temos que ter concordância com o Establishment, e tudo o que se rebela ao estabelecido corre de forma MARGINAL, ou seja, se aceita ou se vive a margem do que PENSARAM, ESTABELECERAM, OPINARAM...
Somos vítimas de ditaduras profissionais, ditaduras de relacionamentos, ditaduras religiosas... Fazemos não porque gostamos, mas porque nós é conveniente não enfrentarmos a ira do mais terrível dos ditadores, nossa incapacidade de se impor dentro da sociedade... Aceitamos, aceitamos, e de tanto aceitar o que nos foi impingido não nos é lícito sequer contrariar A NÓS MESMOS.
Nos tornamos subservientes de nossa incapacidade de ir contra... Fomos robotizados por paradigmas e padronagens de opinião que ao meu ver estão completamente démodé.
No nosso íntimo gostaríamos de mandar uma boa porção de tudo isso que está a nossa frente PROS QUINTOS DOS INFERNOS... Figuradamente é claro...
Sérgio Ildefonso