É MAIS FÁCIL SER CATÓLICO
 
Tenho um amigo que vez ou outra discutimos sobre religião, ele insiste em dizer que é católico e afirma: “que basta ir à missa apenas uma vez na semana, salvo se estiver comprometido com alguma novena; não precisa dar dízimo, pode fingir que não vê quando a sacola passar; se não quiser ir a igreja poderá assistir a missa na TV com o Padre Marcelo; Pelo menos uma vez ao ano deverá ir a uma procissão, não importando se saiba ao que se define; deve doar alguma coisa para o seu santo protetor, melhor fazendo quando da época dos festejos; se quiser poderá nunca ir a igreja, mas continuar dizendo que é católico; se o padre da igreja próxima da sua casa for preso por pedofilia, poderá usar esse incidente e justificar porque não ia a igreja; se desejar, poderá responder quando indagado sobre sua religião que é católico apostólico romano, não se importando com o por que do ‘apostólico romano’; quando algum evangélico questionar te condenando por adorar imagens etc. responde dizendo que foi preciso Martinho Lutero traduzir a bíblia para que a denominação evangélica surgisse, e depois, os estelionatários inventassem várias denominações para venderem a fé; sendo católico tem suas vantagens: pode beber, jogar, frequentar prostíbulos, pode ir a um terreiro de macumba pegar um passe, pode pular carnaval, pode torcer por um time de futebol e falar quantos palavrões quiser, pode pegar a secretária e levar para o motel, pode ter uma mulher e várias amantes, pode ser mafioso, traficante, pode roubar o erário público, pode ser adepto do espiritismo, pode uma infinidade de coisas. Pode ser forrozeiro, pagodeiro, roqueiro, muambeiro, grileiro, pode até sonhar com o prêmio da loteria. E o chefe da igreja é eleito, ou seja, a igreja não tem um dono. Porém, se depois de viver tudo isso que pode e por destino ou por escolha se der mal na vida, rapidamente poderá esquecer tudo isso e correr para a primeira igreja evangélica que encontrar pela frente. Dizer que “encontrou jesus”, que agora é outro homem, que nasceu de novo”. Mas espera um pouco – eu disse pra ele -. Como evangélico será vigiado pelos irmãos, deve dizimar, esquecer os desejos da carne, apertar a mão do pastor, ao menos dizer que cumpre uns quatro dos dez mandamentos etc.
Ele respondeu: “Ah! Aí a coisa pega, melhor dar um tempo e depois voltar novamente a dizer que é católico, é mais fácil” – foi rápido na sua desculpa -.
Nesse vai e vem, e do faz de conta, vive a dizer que é, mas na verdade nunca foi. Disse a ele: tem alguém que te olha e te vê, esteja onde estiver. Poderá enganar os homens, mas a Ele não conseguirá. Portanto, aparentemente é mais fácil dizer que é católico, mas saiba que, da mesma forma do evangélico um dia serás cobrado por tudo de errado que fizeste, inclusive, por ter maculado a denominação que nunca foste.
Continuei: quando indagado novamente sobre qual a tua denominação e não tiveres a certeza no teu coração, pelo simples fato de saberes quem tu és, fica calado, ou finja que não ouviu? será menos gravoso para quando do dia da prestação de contas.