Vamos seguir nos sentindo reis

Pra lá das nove da noite, um trânsito infernal na saída da ilha, teria sido mais esperto da minha parta ter ficado com o pessoal do trabalho tomando uma cerveja nessa sexta quente, pois é sempre assim esse trânsito ainda mais nas sextas. Eu eu lá enlatado no ônibus até que ele para em um dos últimos pontos perto da base. Eu sempre fico olhando quem entra pra saber se guardo o celular ou não.

Um cara passa e eu me encafifo, eu conheço esse zé... Mas de onde? Puta que pariu! É o namorado dela. Estava saindo com uma menina que fez um curso comigo a um tempinho atrás, magrinha bem gostosinha e ela sempre me disse que estava namorando mas desde o começo ela falava que a coisa não ia bem, que queria terminar e não teve jeito veio carnaval minha mulher viajou o namorado dela também e não teve jeito nos pegamos durante três dias e após o carnaval nos encontrávamos com certa frequência. Mas ela nada de terminar o namoro.

O cidadão acaba por se sentar do meu lado e vai batendo papo com o companheiro de farda. Putz por foto de face a gente não tem ideia das coisas o cara era um armário, militar deve ser um encostado e só deve ficar malhando. E ele lá falando de trabalho de fuzil da porra toda. E eu lá na paranoia pois ela dizia que ele era muito ciumento vigiava o face, celular e os cambau. Até que eu reparo que ele está com uma aliança de casado e quase que imediatamente me solta: "Ahh esse fim de semana é da fiel, cabritinha agora só final de semana que vem. Mulher novinha é sempre bom mas as vezes é foda meu amigo..."

E por ai foi, eu relaxei na hora fui seguindo meu caminho, até que o telefone toca e Murphy quer sempre ver um morto, mas hoje não seu velho safado, hoje eu vivo nem olho deixo tocar no bolso vamos seguir nos sentindo reis, bem eu muito mais do que ele.

Max Olivete
Enviado por Max Olivete em 20/02/2013
Código do texto: T4149884
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