OS SONS DO SILÊNCIO.

O SILÊNCIO FAZ CRESCER OU A MUDEZ TRAZ OMISSÃO?

ESSES CAMINHOS COMO TODAS AS ESCOLHAS ESTÃO A SINALIZAR NECESSIDADES. UMA EXTERIOR QUE NÃO PRECISA SER VERBO, SE EXTERNAR PARA SE EXPRESSAR, A ÚLTIMA, OUTRA DE CUNHO "INTRA MUROS", ESPECIALÍSSIMA.

EXISTEM MOMENTOS EM QUE NÃO FALAR É COMO SE TIVÉSSEMOS FALADO, E O SILÊNCIO É O FORTE SINAL DA VONTADE. É A MANIFESTAÇÃO TÁCITA, SIGNIFICATIVAMENTE ELOQUENTE.

JÁ O SILÊNCIO PERSONALISTA, MONÁSTICO, QUE FALA PARA O INTERIOR, COMUNICAÇÃO EXCLUSIVA, É SACRÁRIO INVIOLÁVEL DE CADA UM, ONDE NENHUM SOM É OU DEVE SER OUVIDO, COM ABSOLUTA AUSÊNCIA DE SINAL EXTERIOR, SÓ É AUDÍVEL A SERENIDADE DO TODO, A PORTA DA ETERNIDADE.

A RITUALÍSTICA DA IGREJA MUDOU OS HÁBITOS CONFESSIONAIS. O PERDÃO É A GRANDE META, PORÉM E PRINCIPALMENTE, SÓ O ARREPENDIMENTO EFICAZ TRAZ PAZ.

SANTA THEREZA D`AVILA, VIVEU NO SÉCULO XVI, ANOS 1500, E SE MORTIFICAVA DIANTE DAS TENTAÇÕES PARA CHEGAR NO ACREDITADO PERDÃO. SOMENTE PARA EXEMPLIFICAR DIFERENCIAL DE ÉPOCAS.

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MEDITAÇÃO DA QUARESMA.

"Quando o lobo ataca uma ovelha, observava Francisco de Sales, ele se apodera de sua presa pela garganta. Assim ele a impede de balir e, deste modo, de advertir o pastor do ataque.

Se há demônios falantes, há outros, mais temíveis ainda, que são mudos e que, como o lobo, nos prende a garganta para nos impedir de falar. “Você não vai nem mesmo se expor! Que vergonha para você! E além do mais quem vai ver?”

Quando tal sentimento nos assalta, somos duplamente submetidos: pela falta cometida contra a nossa vontade e pela nossa incapacidade de falar dela a um terceiro. Aqui a Quaresma pode nos auxiliar a quebrar esse fechamento, pois nos confere a oportunidade de ver nossa vida mais claramente e, sobretudo, nos convida a receber o perdão de Deus.

Aconteceu que o noviço carmelita, assaltado por tentações, não ousava falar delas para ninguém. Santa Teresa d’Ávila teve notícia de seu estado e, tomando-o à parte, lhe disse: “A maior falta que você possa ter cometido, e é por isso que você tanto sofre, foi de não se abrir a ninguém. Habitue-se, pois, a dizer tudo, não apenas a seu confessor, mas ao primeiro religioso que encontrar: Veja, irmão, o demônio está tentando me dizer tal ou tal coisa... Então você verá como o inimigo ficará envergonhado de ver que você descobriu

suas astúcias, e lhe deixará em paz.”

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/02/2013
Reeditado em 19/02/2013
Código do texto: T4148866
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