Meu apartamento ainda estava à luz de velas e chovia muito lá fora. Ouvia música clássica e tomava um chá de maçã com canela, olhando na janela a chuva cair. Eram três horas da manhã e tinha acabado de transar com um dos meus amores. Isso mesmo, tenho dois amores e vivo um dilema: Amo os dois e não consigo escolher um. Preciso dos dois. Eles são diferentes, mas me completam.
O que tinha saído do meu apartamento naquele momento é romântico, educado, carinhoso, bem sucedido, me enche de presentes e na cama me trata como se fosse a única pessoa no mundo para ele. O outro é casado (sou a terceira pessoa no relacionamento), máculos, safado, um sorriso irresistível, me deixa arrepiado com sua barba malfeita, quando me beija sua língua entra na minha boca como se fosse me engolir, fala palavras obscenas no meu ouvido e consegue despertar em mim uma pessoa que nem eu mesmo sabia que existia. Um tira minha roupa com carinho, o outro rasga.
Os dois me lembram a música de Chico Buarque "o meu amor" da Ópera do Malandro. O mesmo homem, mas diferente para as duas mulheres. É assim que eu sou, duas pessoas, uma para cada um. Não acho que estou cometendo uma traição. Sou sincero com os dois. Fidelidade não tem haver com sinceridade? Que confusão!
Já fui traído. Quem não foi? No meio da discursão, irado, ouvi a seguinte desculpa: Foi apenas sexo, nada mais. Amor só sinto por você. Não consigo sentir nenhuma culpa por estar com meus dois amores e às vezes acho que estou ficando amoral, sem sentimentos, mas posso garantir uma coisa: Nunca fui tão feliz em toda a minha vida.
Cheguei a conclusão que meu amor não é nenhum dos dois. Meu amor terá todos os meus eus, o direito de saber e realizar todas as minhas mais secretas fantasias. Vou ser ciumento, liberal, casto, romântico, selvagem, vadio, tímido e vamos ter um pelo outro sentimentos intensos e loucos. Ele vai iluminar minha alma e seremos o casal que todos querem ser.
Meu amor será do meu tamanho e eu do dele.
O que tinha saído do meu apartamento naquele momento é romântico, educado, carinhoso, bem sucedido, me enche de presentes e na cama me trata como se fosse a única pessoa no mundo para ele. O outro é casado (sou a terceira pessoa no relacionamento), máculos, safado, um sorriso irresistível, me deixa arrepiado com sua barba malfeita, quando me beija sua língua entra na minha boca como se fosse me engolir, fala palavras obscenas no meu ouvido e consegue despertar em mim uma pessoa que nem eu mesmo sabia que existia. Um tira minha roupa com carinho, o outro rasga.
Os dois me lembram a música de Chico Buarque "o meu amor" da Ópera do Malandro. O mesmo homem, mas diferente para as duas mulheres. É assim que eu sou, duas pessoas, uma para cada um. Não acho que estou cometendo uma traição. Sou sincero com os dois. Fidelidade não tem haver com sinceridade? Que confusão!
Já fui traído. Quem não foi? No meio da discursão, irado, ouvi a seguinte desculpa: Foi apenas sexo, nada mais. Amor só sinto por você. Não consigo sentir nenhuma culpa por estar com meus dois amores e às vezes acho que estou ficando amoral, sem sentimentos, mas posso garantir uma coisa: Nunca fui tão feliz em toda a minha vida.
Cheguei a conclusão que meu amor não é nenhum dos dois. Meu amor terá todos os meus eus, o direito de saber e realizar todas as minhas mais secretas fantasias. Vou ser ciumento, liberal, casto, romântico, selvagem, vadio, tímido e vamos ter um pelo outro sentimentos intensos e loucos. Ele vai iluminar minha alma e seremos o casal que todos querem ser.
Meu amor será do meu tamanho e eu do dele.