Ontem presenciei algo pungente, tocante, levando-me a refletir...
Junior e Marta são amigos meus a mais de trinta anos e acompanhei
o caminhar do romance dos dois. Erámos da mesma turma. Baladas, cinemas etc ...
Foi uma paixão exacerbada a deles, daquelas que faz do mundo um mero cenário,pano de fundo para eles e o amor . ( O Amor deles.)
Ontem estive almoçando com os dois a convite de Marta. E enquanto almoçávamos observava calada um silêncio entre os dois que de tão vivo, pulsava, era um ente, tinha um corpo; e não deve ter surgido de repente.
Este silêncio que hoje está à mesa não nasceu assim... Assim completo, assim acabado. Parece mais um senhor macambúzio, pesado e glutão.
Ele deve ter surgido timidamente esgueirando-se por entre os alvos dentes,risos abertos,acenos...pedaços de nuvens guardadas, (escuras) raivas escondidas debaixo do tapete...
Posso ver este silêncio crescendo, tomando forma também nas tardes de domingo, no corpo da preguiça do já conquistado, posto e patente definidos.
Posto e patente definidos é o fim da picada mesmo...
Deve ter sido o membro mais discreto da familia.
Eu imagino que enquanto os filhos cresciam, debandavam, os olhares se distanciavam.
Em cada gesto vazio o silêncio se posicionava. E devem ter sido tantos...
Ei-lo agora prato principal sobre a mesa.
Este silêncio que hoje observo e não é ntercalado de cumplicidade traz um vento de deserto. Fala da ausência do essencial...
As estações não nos perdoam ignorá-las,deixá-las como mero cenário através da janela é no minimo arriscado ...
Lembrei-me agora...." o tempo passou na janela... do amado Chico Buarque de Holanda com a sua Carolina"
Junior e Marta são amigos meus a mais de trinta anos e acompanhei
o caminhar do romance dos dois. Erámos da mesma turma. Baladas, cinemas etc ...
Foi uma paixão exacerbada a deles, daquelas que faz do mundo um mero cenário,pano de fundo para eles e o amor . ( O Amor deles.)
Ontem estive almoçando com os dois a convite de Marta. E enquanto almoçávamos observava calada um silêncio entre os dois que de tão vivo, pulsava, era um ente, tinha um corpo; e não deve ter surgido de repente.
Este silêncio que hoje está à mesa não nasceu assim... Assim completo, assim acabado. Parece mais um senhor macambúzio, pesado e glutão.
Ele deve ter surgido timidamente esgueirando-se por entre os alvos dentes,risos abertos,acenos...pedaços de nuvens guardadas, (escuras) raivas escondidas debaixo do tapete...
Posso ver este silêncio crescendo, tomando forma também nas tardes de domingo, no corpo da preguiça do já conquistado, posto e patente definidos.
Posto e patente definidos é o fim da picada mesmo...
Deve ter sido o membro mais discreto da familia.
Eu imagino que enquanto os filhos cresciam, debandavam, os olhares se distanciavam.
Em cada gesto vazio o silêncio se posicionava. E devem ter sido tantos...
Ei-lo agora prato principal sobre a mesa.
Este silêncio que hoje observo e não é ntercalado de cumplicidade traz um vento de deserto. Fala da ausência do essencial...
As estações não nos perdoam ignorá-las,deixá-las como mero cenário através da janela é no minimo arriscado ...
Lembrei-me agora...." o tempo passou na janela... do amado Chico Buarque de Holanda com a sua Carolina"