Amigos que eu gosto!

Sozinha, sou um poço de preocupações e tristezas. Não sou minha maior fã e tenho consciência que isso me prejudica as vezes. Por isso, escolho andar com pessoas alegres, para cima, com brilho no olhar. Gosto dos curiosos que me guiam para a trilha de caminhos que eu nunca imaginaria percorrer, gosto dos companheiros, dos para toda hora e também daqueles que a gente encontra para tomar uma cerveja de vez em quando. Todos têm o seu valor e sua hora no meu coração.

Não gosto, porém, dos egoístas e também daqueles que olham demais. Daqueles que ficam voando como aves de rapina em busca de comida. É bom querer conhecer, mas é errado cercar. Todos precisam de seu espaço, não sou diferente e, na medida do possível, vou respeitar o seu tempo. Não sou um pedaço de carne, sou gente, humana, sentimental e apegada.

Gosto de rir até cansar e aí continuar rindo, de cantar desafinado e de dançar. Gosto de quem gosta de cachorros, de quem curte beber de vez em quando e de quem não bebe. Gosto de pandas e de coalas. Se você partilhar uma ou mais dessas paixões tenho certeza que podemos ser boas amigos. Não sou muito de puxar conversa, mas adoro conversar quando outra pessoa traz o assunto.

Gosto de viver intensamente cada momento do meu jeito pacato. Se faz sentido? Não tenho certeza, porque meus amigos me ensinaram que a gente não precisa ter certeza de tudo para ser feliz. Às vezes, mesmo para alguém tão carente de segurança como eu, arriscar-se vale a pena e traz aquele gosto sensacional que todos deveriam poder experimentar.

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Arabela aprendeu que deve fazer aquilo que vale a pena com o tempo disponível.