TANSFERÊNCIA DE PRESOS NÃO DIMINUI ATAQUES EM SC!

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A simples transferências de “líderes” presos para penitenciárias federais de segurança máxima não resolverá definitivamente a onda de terror e vandalismo implantado por marginais no Estado de Santa Catarina. A prova disso, foram os novos atentados registrados depois que presos foram transferidos para outros Estados, para prisões federais administradas pelo Ministério da Justiça, pois também não possuíam eficientes bloqueadores de telefonia celular que não prejudique também a outros usuários.

O que talvez resolvesse todos os problemas fosse o desenvolvimento de tecnologia capaz de impedir definitivamente a comunicação de detentos com comparsas que estão soltos, mas sem que impedisse também a comunicação de celular de outras pessoas que residem no entorno das prisões. Seria preciso, também, uma mudança total na forma de comunicação entre presos e seus advogados – muitos deles, com exceções, servem também de elo de comunicação entre os presos e os bandidos fora da cadeia - além uma melhor estrutura para controle de entrada de aparelhos celulares nas prisões, armas e drogas, além de outras coisas proibidas e livremente traficadas, que todos sabemos que têm livre acesso.

Com as prisões se transformando em “escritórios” de bandidos com acesso a celulares, drogas, tráficos e regalias devido ao envolvimento de carcerários e advogados também com o crime, é mais seguro hoje a pessoa ficar presa e comandar o crime de dentro das penitenciárias do que se arriscar a ficar pelo lado de fora e ser preso por isso. Quem sofre é a população.

Depois que foi implantada a onda de terror em Santa Catarina, estendendo-se por vários municípios, com muitos menores protegidos pelo ECA envolvidos, um novo hábito teve que ser adquirido quase que na marra: os ônibus mudaram seus horários e agora só andam escoltados pela polícia; escolas noturnas suspenderam as aulas e a população deixou de sair à noite com medo de ser assassinada. Enquanto isso, a única solução mais fácil foi transferir bandidos para prisões federais, mas o verdadeiro problema não está nisso. Pode até amenizar o terror em Santa Catarina, mas será por pouco tempo, infelizmente.

Desejo estar errado, mas acredito que não estarei porque no início pode até haver uma redução, como realmente houve, mas o terror vai voltar porque a única coisa para resolver definitivamente a comunicação dos “escritórios do crime” que funcionam em muitas prisões seria a implantação de um bloqueador de celular que não prejudicasse as pessoas que residem no entorno das prisões, mas que impedissem completamente a comunicação de bandidos com o mundo exterior.

Defendo a qualificação de todos os presos como determina o Código de Execuções Penais, mas acredito estar querendo demais do Brasil que cobra tantos impostos, mas não consegue investir em tecnológicas de segurança que só prejudique os bandidos presos e não todas as pessoas que residem próximos das prisões. Os bloqueadores de celulares nos presídios é um assunto que vem sendo discutido há vários anos e ainda não se encontrou uma fórmula ideal para ser implantada. Ou é por que também existe lobby de presos?

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 18/02/2013
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