...E O PAPA NÃO RESISTIU.

A igreja como instituição, sólida e tradicional, a muito se desviou de seus propósitos primários. Se compararmos o modo de condução de vida do Cristo de Deus, em suas ações e relações pessoais, a interpretação dada em nossos templos é abissal. Se não vejamos, Cristo vivia cercado de humildes, aos quais dedicava solidariedade e respeito, ladrões, prostitutas, homossexuais etc.. todos os segmentos que de alguma forma representavam minoria oprimidas, lutava e se posicionava veementemente contra qualquer tipo de comércio que envolvesse a fé e a indução. Infelizmente, conseguimos travestir os mandamentos de Jesus em mandamentos como: "ser membro de uma igreja, ir ao culto no domingo, dar o dízimo mensalmente, fazer um jejum anual e cantar músicas de louvores." Se fizermos tudo isso, o céu está garantido. E quem não se submeter a essa maneira ocidental de ser cristão está fadado ao fogo eterno. Ou seja, para nós cristãos pós-modernos as palavras de Jesus soam dóceis e de fácil assimilação e para os “pecadores mundanos” são palavras de condenação eterna.

Mas na época de Jesus as coisas não pareciam ser bem assim. Um protótipo de um evangélico na época de Jesus era um fariseu. Eles iam ao templo, davam o dízimo, jejuavam, prestavam o culto e faziam longas orações. E era para esse grupo de pessoas para quem Jesus direcionava suas mais duras palavras. Pois esses rituais da religião eles cumpriam a risca. Mas os preceitos mais importantes da lei como o amor e a generosidade eles ignoravam. O resultado de tudo isso era um relação conflituosa de Jesus e os fariseus. Em contrapartida a prostituta, a impura, o cobrador de impostos, a viúva pobre, o ladrão da cruz e os discípulos instáveis eram as pessoas que Jesus estabelecia não relacionamentos conflituosos, mas, relacionamentos baseados no amor e compreensão.

Hoje dia 11 de fevereiro, em pleno reinado de Momo, o Papa pediu pra sair, não quis mais. Uns dizem que foi por obra do anticristo, outros que foi a saúde que está debilitada, o fato que o Papa Pop, não existe mais, esse era o outro. O cardeal Joseph Alois Ratzinger, rasgou todos os preceitos de tolerância que seu antecessor havia costurado com esmero e cautela. Não ferir o próximo com o radicalismo rançoso da Igreja sempre foi uma das principais preocupações do Cardeal Wojtyla. Por outro lado o Cardeal Ratzinger, um conservador radical, sai por "vontade" própria, renúncia ao cargo de representante de Jesus na terra, segundo os católicos, por absoluta incapacidade de assimilar os princípios mais prosaicos do cristianismo. O fato é que ele se vai, e a partir de 29 de fevereiro de 2013, recomeça o maior pleito eleitoral do planeta, não em números de participantes, mas em importância, afinal, estarão em jogo, a supremacia de uma nação, antes de tudo, a liderança da Igreja, o cargo de “Rei”, sim porque o Vaticano como nação independente, possui a única monarquia absolutista eletiva do mundo, além de uma fortuna incalculável a administrar. O fato curioso, mas não inédito, é que a Igreja terá dois Papas, um que administra de fato e outro que apenas descansa recluso.

Bem esperamos não precisar lembrar aquela musiquinha do elefante.

Um elefante incomoda muita gente...

Anderson Du Valle
Enviado por Anderson Du Valle em 18/02/2013
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