VOCÊ JOGARIA FORA US$ 1 MILHÃO
 
Nem sempre na vida uma boa ação aos nossos olhos dará bons resultados. Certas vezes é melhor ficar quieto e não entrar no mérito de um certo “problema” em nossa visão.
Seria como tomar partido na briga de um casal amigo. Você vai dar razão a quem tem termina sendo mal interpretado, perdendo os amigos e pior, ainda será mal falado como intrometido na vida dos outros.
No trabalho você está vendo algo errado e comete a besteira de dar aquela dica para que se conserte, lá vem a confusão. Passam a dizer que você é o perfeito etc.
Muitas vezes na vida é muito melhor fingir que não vê, e ainda, se questionado sobre determinada situação é melhor continuar calado.
Em reuniões de negócio é preferível ouvir todos e depois com muita leveza emitir sua opinião, porque o outro mesmo estando errado, sabendo que está errado, não aceita que se diga que ele o é. Incrível, mas é verdade.
Para se falar do comportamento do outro é difícil, melhor deixá-lo ser como escolheu ser, desde que não te importune. Se nada de mal ele te faz então não se importe, deixe-o, ele sempre será daquele jeito e não será você que vai mudá-lo com suas críticas, ou sua forma de ser e gostar de viver.
Em um passado recente, uma filha querendo fazer uma surpresa para sua mãe, jogou seu colchão fora, comprando outro novinho em folha. Aproveitou que a senhora sua mãe havia saído e trocou a peça do dormitório. Feliz da vida, quando a mãe chegou levou-a direto para o quarto e mostrou a surpresa. A mãe quase enfartou, foi preciso ser amparada, medicada e acalentada. Sem entender, a filha pergunta: eu te dou um colchão novo e você fica assim? A senhora responde: “dentro do colchão velho eu embuti um cofre e havia um milhão de dólares, onde você o colocou?” a filha começou a passar mal, suas pernas tremiam, suava frio, caiu sobre a cama e não conseguia se conter. Chorava, gritava etc. os vizinhos vieram em socorro das duas que começaram uma busca a toda velocidade pelo colchão que continha o dinheiro.
Foram até o depósito de lixo da cidade, mas não tiveram sorte, perdeu-se mesmo. Ninguém conseguiu encontrar. O resultado final ninguém soube, mesmo porque se encontraram as duas não iriam contar para os demais.
Toda confusão com a perda de um milhão de dólares foi em virtude da filha “achar” que sua mãe merecia um melhor conforto, mas esqueceu de perguntar se ela queria.
Viu como nem sempre a boa ação aos nossos olhos será proveitosa? Às vezes é melhor se questionar se de fato o outro precisa da sua “boa ação”, se ele a está querendo, melhor ainda, devemos mesmo é perguntar se o outro aceita nossa ajuda, e em caso positivo, qual seria a melhor forma de ajudar. Você pode até não jogar fora um milhão de dólares, mas poderá perder um milhão de amigos.
Agindo assim, a boa ação de fato será proveitosa, em cem por cento, acertaremos na “mosca” no auxílio que queremos oferecer ao outro.
Trago na minha concepção de vida que jamais deverei me intrometer na vida dos outros, nem se for meu filho, se perguntado darei minha opinião, ele a seguirá se quiser, que arque com as consequências dos seus atos. Que depois não venha dizer que eu o levei a errar. A vida dos outros é dos outros, portanto, cuide da sua, guarde suas boas ações para quando te pedirem, aí sim, agirá por pedido e não por intrometido.