Certezas e incertezas
Qualquer afirmação, por mais verdadeira, concreta que possa ser, não é imune à dúvida. Definições exatas são impossíveis, por mais detalhados, específicos e concretos que sejam os dados, em suma, as evidências. Portanto, não cabe aqui tentar construir argumentos, seja de defesa ou contrários. O que me interessa é mostrar que a rigidez, a certeza e, por fim, a intolerância, são posicionamentos questionáveis. O mesmo vale para o oposto. Dito isso, imagino, adentremos no mundo da relatividade sem, contudo, navegar pela absoluta imprecisão ou subjetividade. Estabeleceremos o centro, no incômodo equilíbrio, no morno, que é algo que sempre me incomoda, mas vamos caminhar neste espaço, afinal é preciso delimitar um. Vamos então, nesse espaço eqüidistante, tanto do radical quanto do conservador, pois acredito que seja o lugar em que a maioria das vezes nossos raciocínios e reflexões habitam, produzindo conclusões e comportamentos que nos caracterizam como indivíduos.
Avancemos, então... Se é difícil assegurar que algo é assim ou assado, por que nos desgastamos tanto em querer provar, afirmar ou impor um ponto de vista? Ora, respondo eu, porque temos que defender nossos pontos de vista, nossas convicções, como seres humanos, ou seríamos equivalentes às amebas. E, ser comparado a uma ameba dói, o orgulho não suporta. Para uma espécie que “superou” as demais, é naturalmente esperado que não aceitemos isso. Em poucos segundos podemos juntar toneladas de argumentos nobres e comprovar, de forma irrefutável, que precisamos reagir. O tamanho da reação vai da individualidade à grandeza moral. Por isso, podemos justificar qualquer atitude, desde ficar magoados até iniciar uma guerra. Pergunto eu novamente, qual o custo desse comportamento?
Mas, retornemos ao cerne do que pretendo tratar, que é no campo da precisão, a certeza, a razão absoluta, no espaço que delimitamos, claro. É compreensível que indivíduos distintos tenham comportamentos idênticos, é da espécie. Tudo compreensível, tolerável e até natural, comportamento generalizado, uma espécie de padrão de funcionamento do ser humano. Padrão que nos fez avançar, evoluir. Padrão que se tornou automatizado, rotina, vício. Como já falei, comportamento típico do ser humano. Contudo, vamos nos deslocar um pouco desse padrão e lançar um olhar sobre os que se dizem mais à frente, os que se consideram a vanguarda, os que pensam ser exemplo, o modelo a ser seguido; ou, como simplificaria os mais jovens, “os que se acham.”
Esses, “os que se acham”, se proliferam como insetos, como ervas daninhas em todos os campos, nada mais natural, naturalmente. Delimitemos, mais uma vez o campo, ingressemos num dos meus preferidos, o espiritual. Nesse campo, a ação desses “que se acham”, encontra uma infinita área a ser explorada, uma área virgem, distante do real conhecimento deste mundo, na qual a certeza e a incerteza reinam juntas. Assim, num mundo pouco compreendido, assumir verdadeiras posições de vanguarda, de forma responsável, é tarefa que requer muito mais que habilidades para comunicação com o mundo invisível. Simplificando, requer mais que a tradicionalmente chamada mediunidade. Nosso leque, apensar de já delimitando, continua amplo, mas caminhemos pelo grande circulo do centro beirando seus extremos e, sem sair deste espaço, alcancemos os “líderes” desse mundo. Não falo dos lideres consagrados, lembrem estou “nos que se acham”, para ser mais claro, especifico, refiro-me a aqueles que buscam avançar no campo do desenvolvimento pessoal dedicando-se a promover e a ampliar conhecimento em benéfico da espiritualidade. Pois bem, dentro desse grupo de pessoas, que não canso de admirar, fica evidente a imprecisão, a indefinição, a subjetividade e, principalmente, a peculiar interpretação que é dada a fatos que ali ocorrem. Bem que poderíamos aceitar uma considerável imprecisão, uma ampla subjetividade, como sendo características típicas do mundo espiritual, uma vez que somos únicos e este mundo ainda carece de maior aprofundamento, mas não é razoável que tais fatos sejam tratados com tamanhas incoerências.
Propor-se a desenvolver um trabalho sério no campo da espiritualidade é admirável; mas, para que tenha êxito, é preciso primeiro desenvolver a capacidade de observar o próprio trabalho de forma isenta. E, em seguida, estabelecer um planejamento, no qual os objetivos sejam evidentes. Só então, desenvolver o plano de trabalho, que embora possa sofrer readequação no decorre do processo, tem que prever claramente os meios e os recursos necessários para alcançar o objetivo. Contudo, isso não é suficiente, pois sem a coleta de dados que sirvam de indicadores de avaliação, corre-se o risco de ingressar num circulo vicioso. Uma vez nele, torna-se impossível uma análise imparcial, pois todo o processo estará viciado. Círculos viciosos podem ser muito amplos e envolver desde pequenos grupos, comunidades ou uma população. E, no caso da espiritualidade, agregar os dois mundos.
Mesmo que estejamos distantes de evidenciar razoável precisão, definição ou um sonhado consenso em algumas questões espirituais e que os estudos sejam conduzidos por lideres de elevado desenvolvimento moral, mesmo assim, um objetivo deve estar presente. Se não evidenciarmos um objetivo verdadeiramente útil, não será um trabalho válido para o progresso, seja pessoal ou para a humanidade.
Longe da pretensão de esgotar mesmo o mais restrito dos assuntos, passando pela dificuldade de manter o foco, a intenção é mostrar a impossibilidade de definir o mundo que nos cerca, mesmo o visível. Porém, apesar da imprecisão reinante, não podemos passar a vida sem objetividade, apaixonados ou até mesmo obcecados, mesmo que com fortes justificativas. Entretanto, tudo o que nos cerca ou vivenciamos na vida é apenas uma pequena parte do todo que, em diferentes graus de exatidão, conseguimos observar, diretamente ligados a restrição do ponto de vista individual. Todavia, é imprescindível compreender o porquê de nossas ações, conseguir ver os objetivos e ter a capacidade de fazer as correções sempre que necessário. Somente diante de uma análise objetiva e imparcial, mesmo que sempre haja certa imprecisão, será possível diferenciar o bom trabalho daquele preso a algum circulo vicioso. Bem, ao menos é o que de mais preciso posso dizer a respeito da certeza, dos objetivos e razões de fazer algo que entendemos que deva ser feito.
Qualquer afirmação, por mais verdadeira, concreta que possa ser, não é imune à dúvida. Definições exatas são impossíveis, por mais detalhados, específicos e concretos que sejam os dados, em suma, as evidências. Portanto, não cabe aqui tentar construir argumentos, seja de defesa ou contrários. O que me interessa é mostrar que a rigidez, a certeza e, por fim, a intolerância, são posicionamentos questionáveis. O mesmo vale para o oposto. Dito isso, imagino, adentremos no mundo da relatividade sem, contudo, navegar pela absoluta imprecisão ou subjetividade. Estabeleceremos o centro, no incômodo equilíbrio, no morno, que é algo que sempre me incomoda, mas vamos caminhar neste espaço, afinal é preciso delimitar um. Vamos então, nesse espaço eqüidistante, tanto do radical quanto do conservador, pois acredito que seja o lugar em que a maioria das vezes nossos raciocínios e reflexões habitam, produzindo conclusões e comportamentos que nos caracterizam como indivíduos.
Avancemos, então... Se é difícil assegurar que algo é assim ou assado, por que nos desgastamos tanto em querer provar, afirmar ou impor um ponto de vista? Ora, respondo eu, porque temos que defender nossos pontos de vista, nossas convicções, como seres humanos, ou seríamos equivalentes às amebas. E, ser comparado a uma ameba dói, o orgulho não suporta. Para uma espécie que “superou” as demais, é naturalmente esperado que não aceitemos isso. Em poucos segundos podemos juntar toneladas de argumentos nobres e comprovar, de forma irrefutável, que precisamos reagir. O tamanho da reação vai da individualidade à grandeza moral. Por isso, podemos justificar qualquer atitude, desde ficar magoados até iniciar uma guerra. Pergunto eu novamente, qual o custo desse comportamento?
Mas, retornemos ao cerne do que pretendo tratar, que é no campo da precisão, a certeza, a razão absoluta, no espaço que delimitamos, claro. É compreensível que indivíduos distintos tenham comportamentos idênticos, é da espécie. Tudo compreensível, tolerável e até natural, comportamento generalizado, uma espécie de padrão de funcionamento do ser humano. Padrão que nos fez avançar, evoluir. Padrão que se tornou automatizado, rotina, vício. Como já falei, comportamento típico do ser humano. Contudo, vamos nos deslocar um pouco desse padrão e lançar um olhar sobre os que se dizem mais à frente, os que se consideram a vanguarda, os que pensam ser exemplo, o modelo a ser seguido; ou, como simplificaria os mais jovens, “os que se acham.”
Esses, “os que se acham”, se proliferam como insetos, como ervas daninhas em todos os campos, nada mais natural, naturalmente. Delimitemos, mais uma vez o campo, ingressemos num dos meus preferidos, o espiritual. Nesse campo, a ação desses “que se acham”, encontra uma infinita área a ser explorada, uma área virgem, distante do real conhecimento deste mundo, na qual a certeza e a incerteza reinam juntas. Assim, num mundo pouco compreendido, assumir verdadeiras posições de vanguarda, de forma responsável, é tarefa que requer muito mais que habilidades para comunicação com o mundo invisível. Simplificando, requer mais que a tradicionalmente chamada mediunidade. Nosso leque, apensar de já delimitando, continua amplo, mas caminhemos pelo grande circulo do centro beirando seus extremos e, sem sair deste espaço, alcancemos os “líderes” desse mundo. Não falo dos lideres consagrados, lembrem estou “nos que se acham”, para ser mais claro, especifico, refiro-me a aqueles que buscam avançar no campo do desenvolvimento pessoal dedicando-se a promover e a ampliar conhecimento em benéfico da espiritualidade. Pois bem, dentro desse grupo de pessoas, que não canso de admirar, fica evidente a imprecisão, a indefinição, a subjetividade e, principalmente, a peculiar interpretação que é dada a fatos que ali ocorrem. Bem que poderíamos aceitar uma considerável imprecisão, uma ampla subjetividade, como sendo características típicas do mundo espiritual, uma vez que somos únicos e este mundo ainda carece de maior aprofundamento, mas não é razoável que tais fatos sejam tratados com tamanhas incoerências.
Propor-se a desenvolver um trabalho sério no campo da espiritualidade é admirável; mas, para que tenha êxito, é preciso primeiro desenvolver a capacidade de observar o próprio trabalho de forma isenta. E, em seguida, estabelecer um planejamento, no qual os objetivos sejam evidentes. Só então, desenvolver o plano de trabalho, que embora possa sofrer readequação no decorre do processo, tem que prever claramente os meios e os recursos necessários para alcançar o objetivo. Contudo, isso não é suficiente, pois sem a coleta de dados que sirvam de indicadores de avaliação, corre-se o risco de ingressar num circulo vicioso. Uma vez nele, torna-se impossível uma análise imparcial, pois todo o processo estará viciado. Círculos viciosos podem ser muito amplos e envolver desde pequenos grupos, comunidades ou uma população. E, no caso da espiritualidade, agregar os dois mundos.
Mesmo que estejamos distantes de evidenciar razoável precisão, definição ou um sonhado consenso em algumas questões espirituais e que os estudos sejam conduzidos por lideres de elevado desenvolvimento moral, mesmo assim, um objetivo deve estar presente. Se não evidenciarmos um objetivo verdadeiramente útil, não será um trabalho válido para o progresso, seja pessoal ou para a humanidade.
Longe da pretensão de esgotar mesmo o mais restrito dos assuntos, passando pela dificuldade de manter o foco, a intenção é mostrar a impossibilidade de definir o mundo que nos cerca, mesmo o visível. Porém, apesar da imprecisão reinante, não podemos passar a vida sem objetividade, apaixonados ou até mesmo obcecados, mesmo que com fortes justificativas. Entretanto, tudo o que nos cerca ou vivenciamos na vida é apenas uma pequena parte do todo que, em diferentes graus de exatidão, conseguimos observar, diretamente ligados a restrição do ponto de vista individual. Todavia, é imprescindível compreender o porquê de nossas ações, conseguir ver os objetivos e ter a capacidade de fazer as correções sempre que necessário. Somente diante de uma análise objetiva e imparcial, mesmo que sempre haja certa imprecisão, será possível diferenciar o bom trabalho daquele preso a algum circulo vicioso. Bem, ao menos é o que de mais preciso posso dizer a respeito da certeza, dos objetivos e razões de fazer algo que entendemos que deva ser feito.