Interpretando sonhos.
 
 
Ela contou-me um sonho. Construíra uma casa bela, arejada e luminosa, para onde iria se mudar. Chegado o dia ela perguntou a alguém: Aqui por perto tem Padaria Rocha? E, quando ouviu a negativa, desistiu da mudança. Perguntou-me o significado por perguntar. Ela sabia. Assim como eu e certamente você. Esse sonho é um dos mais fáceis de interpretar.

Gosto do estudo dos sonhos. Em determinada época fiquei tão interessada que montei uma pequena biblioteca. Segui indicações para aprender alguma coisa e fiz exercícios. Tenho ainda anotados em algum lugar os sonhos desse período. Costumava planejar meus sonhos, embora nem sempre desse certo. Mas uma vez deu. Foi um sonho bobo e curto que tive. Caminhava pela linha férrea e segurava algo contra o peito, com os braços cruzados sobre ele. Alguém me perguntou: Que livro é esse? Para responder afastei o livro, para ler o título. História. Já fazia alguns dias que, ao me deitar, eu buscava nos sonhos resposta para o que fazer com minha vida. Eu já era professora da matéria e passava por uma crise profissional. Considerei o sonho uma resposta e me conformei.

O primeiro livro sobre sonhos que li foi – SONHOS – a descoberta da personalidade por Elsie Sechrist com interpretações de Edgar Cayce.

Lendo hoje aqui no RL o artigo de Bernard Gontier 500Hz, senti vontade de, se não reler, pelo menos rever o livro. Está aqui e agora ao meu lado, enquanto escrevo.

 Edgar Cayce foi um médium norte americano (1877/1945) que entre outras habilidades tinha o dom de interpretar sonhos. Ele se auto hipnotizava e entrava em transe. Como falava com os olhos fechados foi denominado O Profeta Adormecido.Suas falas eram anotadas por uma estenografa. Considerava os sonhos como um resultado das condições físicas do sonhador, do seu subconsciente e da projeção de forças espirituais. Por isso me acalmei quando após a morte de meu primeiro irmão sonhei que, do quintal de sua casa eu o via se afastando, atravessando um campo de flores amarelas. De repente ele se virou, olhou para mim e acenou um adeus.Com um sorriso nos lábios.

Revendo o livro encontro marcas que fiz. Nem dá para anotá-las aqui, tantas que são. Uma delas considero básica para quem gosta do assunto – a pessoa mais indicada para interpretar os  sonhos é o  próprio sonhador. Isso aprendi e coloquei em prática pois aprendizado sem prática não é conhecimento verdadeiro.

. No entanto existem símbolos que são chamados de universais. Não são difíceis de serem reconhecidos. A casa, por exemplo, do sonho de minha amiga, sempre representa o sonhador. Mudar de casa demonstra o interesse em mudar de vida. Uma casa ampla, arejada e luminosa teria mais a ver com a parte espiritual do sonhador. E a necessidade de estar junto de um ambiente seguro que sempre freqüentou, pode mostrar o apego às coisas materiais, ou apenas o medo da mudança.


Dizem os entendidos que podemos ter três tipos de sonhos – os gerados por algum conhecimento real, os premonitórios e aqueles que apresentam as profundezas de nosso inconsciente. Esses seriam os mais comuns e eu acho que vale a pena investir neles.