EU NÃO MATEI MINHA NAMORADA!
 
 
Com essa afirmativa, Oscar Pistorius, atleta paraolímpico, respondeu ao policial que o prendeu como suspeito pela morte de sua namorada. Ao juiz de Johannesburgo, na África do Sul, sobre a morte da sua namorada e modelo Reeva Steenkamp, encontrada morta, na casa do interrogado, com quatro tiros de pistola 9 milímetros, de sua propriedade, nada respondeu. Preferiu o silêncio, que certamente não é de nenhum inocente.
Os tiros ainda ultrapassaram a porta de um banheiro. Segundo os vizinhos, por volta de 2h, da madrugada ouviram uma discussão entre os namorados e por volta de 4h, os tiros, quando chamaram a polícia.
Surgiu a primeira versão dada pela imprensa que o atleta havia confundido sua namorada com um ladrão, portanto, teria desfechado os quatro tiros na moça.
Detalhe: foram quatro tiros, 1,2,3,4, pelo amor de deus, acidente com quatro tiros, como acreditar nessa história? Nem querendo se consegue.
Mas o passado do atleta o condena, em 2009, ele agrediu uma mulher ficando detido por toda noite, mas depois foram retiradas as acusações e liberado o agressor.
Por se tratar de um campeão olímpico já se percebe uma certa “moleza” por parte do judiciário, deixando o criminoso em uma delegacia quando já deveria ter ido direto pra penitenciária. Ora, se foi preso em flagrante, não há defesa que o assista, o que estão esperando? Que o ET de Varginha apareça e assuma o homicídio? Criminoso deve ser sempre tratado como tal, não importando sua posição social ou financeira. O que é pior, um crime perverso e sem defesa da vítima.
Pelos promotores, aqueles que zelam pela lei, não há o que discutir, matou e deverá pagar pelo seu crime, e ao que parece foi premeditado, arquitetado, pelos seguintes motivos: já havia uma briga entre o casal, segundo o que se apurou com algumas testemunhas; por que um atleta mantinha em casa uma arma, se mora em um condomínio de luxo, seguro, protegido por câmeras e cercas eletrificadas.
A verdade é que se, os familiares da linda moça falecida não cuidarem, o homicida vai alegar que por ser deficiente físico e portador de necessidades especiais pedirá para cumprir sua pena em casa. Não duvido nada se a vara de execuções criminais assim o conceder.
A pergunta que não quer calar: como alguém que sabe mais que qualquer outro a dificuldade para viver, pois é amputado das duas pernas, não se importa com a vida do seu próximo? E o mais grave: com a vida da pessoa que mesmo ele sendo deficiente lhe dispensava amor e carinho, considerando que ela poderia ter o homem que bem quisesse, por ser linda, jovem e uma modelo de sucesso. Somente um deficiente, mas não físico-aparente, mas mental, poderia cometer esse ato de extrema covardia e crueldade.
Quem matou a moça foram os tiros, porém, desfechados por alguém que marcado pelo destino não soube aproveitar uma segunda chance.