Passo da vida
No canto em pranto a velha cigana caída de banda pensava na vida.Em rugas e pregas na testa a velha senhora em falta de dentes exibia no rosto estranho sorriso.Sozinha calada a velha cuminava, parava e lembrava, chorava e ria da vida.
Enquanto a jovem moça sorria, passando empinada no salto pensava na beleza da vida.Em belo sorriso, em roupa passada toda combianada, em andar quase que em dança.A moça era a música que a vida cantava em tom de esperança.
O moço apressado, a passar sem cuidado correndo ataz do tempo, em terno arrumado, cabelo penteado o moço sem brilho meio desesperado rápido ia em minuto marcado por relógio.O moço de terno corrida da vida em busca de negocios.
A bota ruida na ponta do bico, no chão determinada batia.A mala balança e na pressa do passo leva esperança do canto distante em letras estranhas, garanchos tremidos, de sonhos de longe.O carteiro é a ponte do sonho que une distantes corações de amores e amigos.
Olhando ao redor fecho a mala, passo sozinha desapercebida.Levo na mala roupa amassada, chaveiro quebrado, sapato fedido, lembrança de muitos, encanto por todos.Cidade estranha, encanto e repulsa atraem os bobos, presentes bons viajantes como eu observantes do passo da vida.