Agradecimento Público ao Generoso Coração de Cau - Vice-Prefeito de Itacaré

Amigos queridos, que alívio! Os pingos estão indo sozinhos pros is! Coisa incrível! Estou gostando de ver. Ah! Cedo ou tarde, as verdades apareceriam, todos sabiam. Teriam que aparecer. E a maior delas é o poder de uma afeição! Eu disse: afeição! Não, companhia por conveniências múltiplas!

Sempre fui do time que acredita que o Amor não pode trazer sofrimento. Bem ao contrário, de meu querido Vinícius. Se doeu, se dói, se faz sofrer, se humilha, se deixa a ver navios... não é Amor. É só uma mais uma dessas doenças de nossa sociedade, disfarçada de relacionamento. Eita sociedadezinha doentinha! Vixi Maria!

Estou dizendo isto pelo sentimento que devotei a vida toda a Bob, que nos deixou na primeira hora de ontem. Foi muito forte. Imensamente enorme. Pouco não faria por ele. Muito pouco. O que pude, fiz. O que pude mimar: mimei. O que pude beijar: beijei. Ele foi o cachorro mais beijado tanto de Paraty, quanto de Itacaré. Era e é Amor! O legítimo: não deforma nem arranca os cabelos.

Ele padeceu dez meses, sem muita explicação por parte da ciência. Ameaçou partir, chegou a pegar na mão da morte: seis vezes, até segui-la de vez. Parecia que ele estava esperando algo...

Há três semanas mudou-se pra cá, a pitbull do vizinho – Cau – que é o vice-prefeito, conforme escrevi algumas crônicas atrás. Ela é absolutamente deliciosa, além de irresistível. Nada a ver com sua raça. Se bem que ela é só 70% pitbull. Há um pouco de vira-lata nela. Deve ser isso que a deixa tão exuberante no surpreendente quesito carinho. E, veio cair logo comigo... Imaginem.

Depois de duas tentativas frustradas de amarrá-la em sua casa ( ela arrebenta tudo e traz pra cá), ele veio aqui, de certo, pra se explicar. Antes que ele falasse fui logo dizendo que algo inesperado e não muito inteligente tinha acontecido... Ele ficou me olhando... Eu disse: Nós nos apaixonamos. Eu estou completamente apaixonado por ela. Demais mesmo. Acho que ela também... Ele me perguntou se eu queria ficar com ela. Devo ter gritado feito criança: QUERO, QUERO, QUERO, QUERO.

Imediatamente, se apoderou de mim uma alegria. Esta dúvida, esta incerteza de poder perde-la, a qualquer momento, estava me consumindo, junto com a passagem de Bob. O motivo desta crônica é este: no dia em que ele se foi, ela veio pra mim, definitivamente. Não é fantástico?! Combinamos que ela continuará frequentando as duas casas livremente, afinal, se trata de uma criatura muito acima da média. Merece ser compartilhada, pois é uma usina nuclear de afeto.

Música indicada:

http://www.youtube.com/watch?v=YBij-Jof0-8

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 15/02/2013
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