As mãos e as rosas

As mãos hoje, envelhecidas, não só pelo passar dos anos, mas por muitas páginas de livros estudas uma a uma viradas, por décadas.Além de haver sido, as amigas mais fieis da velha máquina de escrever, posteriormente, evoluindo, para uma convivência próxima e permanente, até a presente data, com teclas de computadores e not-books. E que, direi da tarefa de examinar folha por folha os processos, com centenas e centenas de paginas desdobradas em vários e vários volumes. Assim, com a cumplicidade do tempo, não estão, lindas, bonitas, nem agés, francamente...não há, como comparar...

E estas hoje, coitadas mãos, pela vida apreciaram flores e por elas tendo um carinho especial. Indiscutívelmente. as mãos desta Euzinha aqui, sempre apaixonadas, pelas rosas foram... Estas mãos, ainda crianças, foram pela beleza das rosas encantadas, pela delicadeza e fragilidade das suas pétalas, fascinadas. Assim, pelos canteiros e jardins da vida, estas mãos foram seduzidas pela beleza das rosas, sem sequer avaliar a possibilidade de serem feridas, pelos cãndidos espinhos das delicadas rosas. Por isso, hoje, tão magoadas, por isso, as suas chagas, por isto toda as dores mas, sem nenhuma mágoa.

As minhas mãos habituadas a colher rosas hoje, para não negar carinho, solidariedade, apoio, aos que aconchego aqui, bem do "lado esquerdo do peito", para não deixar faltar uma mão amiga, de há muito preferem as flores que, despojadas de qualquer vaidade, na singeleza do campo e, na sua simplicidade, dos espinhos,... não precisam!

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 15/02/2013
Reeditado em 17/11/2014
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