Finalmente me Esbaldar
Hoje senti vontade de escrever, literalmente escrever a mão como se dizia antigamente, sem esta estória de ctrl c, ctrl v ou copiar e cola, peguei a minha antiga caneta de tinta preta que demorou um pouco para pegar e depois de alguns borrões acertei o tom que não o de cinza e sim preto bem forte como sempre gostei.
A principio pensei em escrever um simples soneto daqueles rimados ou um poema mais intenso e sofisticado para impressionar meu amor, por fim decidi apenas escrever o que de fato queria, sentia caneta deslizar no papel e preenche-lo de possíveis doces palavras que tanto me faz bem e que alguém em algum lugar possa ler e gostar, palavras que levem a doçura em sua pureza e simplicidade que possa aliviar a saudade dos queridos e agradecer a presença daqueles que convivo cotidianamente ou não, daqueles que estão longe de meus olhos, mais próximo do coração que as vezes até dói de saudade.
Lembrar das paixões antigas dos sonhos infantis e buscar o entendimento do outro, viver o presente de uma forma plena e justa, buscar o carinho e oferecê-lo incondicionalmente, ofertar flores perfumadas para que amo ou para uma desconhecida pessoa que se identifique, dizer uma palavra de conforto para aqueles que necessitam ou se limitar ao silencio quando convém.
Sentir-se feliz porque a Vila Isabel chegou lá ou quando meu glorioso Santos Futebol Clube ganha um joguinho qualquer, rezar para um amigo em dificuldade entender um amigo dificultoso, buscar meu sorriso em cada passo de dou e levar alegria aonde vou, aliviando a dor, encontrar seu abraço e poder dizer-te amo sem frescura, escrever um bilhete no papel de pão e mandar pelo correio cheio de pétalas de rosa, tomar uma garoa típica de minha cidade e nela se esbaldar, sentir escorrer no rosto e se refrescar e finalmente escrever num papel qualquer o se quer e simplesmente ser feliz.