Onde foi parar o sêmen
Meu amor veio pra ficar a noite comigo, pra comemorarmos juntos o meu aniversário, que seria no dia seguinte.
Antes de dormir, nosso amor aconteceu como sempre, com desejo, carícias e apertões. Marquei seu peito com tracinhos vermelhos de tão forte que minhas mãos deslizavam por aquela região, em que as pontas dos dedos rasgavam junto ao meu desejo a sua pele.
O beijei como nunca: leve, suave, intenso, com vigor, como se aquele beijo fosse capaz de declarar todo o amor que crescia em mim. Na mesma intensidade ele respondia, o que me fazia crer no quanto estávamos envolvidos. Fizemos amor gostoso, com ternura, com sentimento, com sede de pleno gozo.
O degustei com tara, com vontade de pôr fim ao seu desejo ardente, vencendo-o em seus anseios e fantasias. Com maestria, minha boca o fazia erguer da cama os quadris, ao tempo em que sussurros o fazia refém dos meus manejos e artimanhas.
Percebi seu prazer prestes a explodir, estimulando-o não mais com a boca, mas com a mão, acariciando-o com força, num ritmo que o acompanhava na ânsia do êxtase, quando senti seu deleite jorrando.
Adormecemos extasiados, satisfeitos, felizes. Eu fui tudo o que ele quis e um pouco mais, sempre obediente ao seu desejo. Fomos amantes perfeitos.
Despertou-me cedo com um “parabéns, coroa!”. Aos olhos de muitos isso pode parecer tudo, menos algo romântico. Mas eu sei o quanto isso vale pra mim, o quanto é importante na minha vida essa presença. Respondi: “coroa é tu!” e nos beijamos, eu conduzindo meu corpo para cima dele.
Depois do amor, fomos para o banho. E, diante do espelho, algo inusitado: minha sobrancelha estava branca, passei a mão e a senti durinha. Falei pra ele: “amor, olha só onde fui atingida” e rimos juntos, disso e de todo o resto.